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Uma “nova Terra” estaria escondida perto de nós? O que revelam os cientistas

Você já imaginou que a Terra pode ter uma ‘irmã’ escondida nas profundezas do nosso próprio Sistema Solar? Não estamos falando de ficção científica ou de visões causadas por noites mal dormidas, mas de uma hipótese levantada por dois respeitados cientistas japoneses. Prepare-se: a busca por uma nova “Terra” pode ser uma surpreendente realidade muito além da órbita de Netuno!

Uma ‘Terra’ secreta e gelada: o que dizem os cientistas?

Segundo Patryk Sofia Lykawka, da universidade de Kindai, e Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, pode sim existir, orbitando bem longe do nosso Sol, um planeta com características similares à Terra. O anúncio dessa potencial descoberta foi publicado no The Astronomical Journal, destacando uma nova fronteira para a nossa curiosidade cósmica: um planeta escuro, gélido e de órbita muito inclinada, possivelmente com até três vezes a massa da Terra e não estando além de 500 unidades astronômicas (UA) do Sol.

A pergunta inevitável: como ninguém viu isso antes? Ora, a resposta é simples – e gelada! Estar em uma região tão distante e ter pouco reflexo de luz torna o objeto praticamente invisível para a maior parte dos nossos telescópios. Mas não se engane, os planetólogos não estão caçando fantasmas espaciais: eles apontam que anomalias no cinturão de Kuiper podem ser explicadas por essa presença secreta.

Por dentro da hipótese: por que desconfiar de um planeta oculto?

A investigação dos cientistas japoneses gira em torno de mistérios envolvendo três propriedades fundamentais da longínqua cintura de Kuiper, aquela região cheia de rochas geladas e planetas anões depois da órbita de Netuno.

As principais pistas, segundo Lykawka e Ito, são:

  • Uma população significativa de objetos transnetunianos (TNOs) cujas órbitas vão além da influência gravitacional de Netuno;
  • Um número relevante de objetos com alta inclinação orbital;
  • A existência de certos objetos extremos com órbitas bastante peculiares.

Segundo os autores do estudo, um planeta terrestre nessas bandas teria entre 1,5 e 3 massas terrestres. Sua órbita mais distante poderia chegar a até 500 UA do Sol, e sua inclinação seria de aproximadamente 30 graus em relação ao plano do Sistema Solar.

O papel desse planeta nas excentricidades cósmicas

A imaginação voa longe, mas a ciência tem seus motivos. A possível presença desse planeta pode ser responsável:

  • Pelas órbitas dos objetos com inclinação superior a 45 graus;
  • Pela trajetória singular e alongada de planetas anões, como Sedna;
  • Pelas características de certos grupos de TNOs que parecem ter conexão com Netuno, mas são frequentemente deixados de fora dos modelos tradicionais.

Não é que estejam enxergando miragens: os pesquisadores sugerem que, se observarmos de perto esses pequenos corpos e suas estranhas órbitas, poderemos encontrar assinaturas testáveis do tal planeta oculto.

O que esperar agora? Olhos atentos para o desconhecido

O artigo de Lykawka e Ito foi claro ao dar nome aos bois (ou melhor, aos planetas e TNOs): a busca continua, agora com alvos bem definidos para futuras observações. Quem sabe, enquanto você lê este texto, uma equipe em algum observatório do mundo já esteja bisbilhotando o canto mais escuro do Sistema Solar, torcendo para “clicar” a possível nova vizinha do nosso planeta.

A próxima vez que olhar para o céu, lembre-se: ainda há surpresas frias e distantes esperando para serem descobertas – e nem sempre basta buscar onde há luz. Fique de olho nas futuras pesquisas, porque talvez, muito em breve, a Terra possa perder o título de única “blue marble” do quintal solar. E olha, se encontrar essa irmã planetária, vai faltar adjetivo para conquistar o álbum de família!

Beatriz Marques
Beatriz Marques
Como redatora apaixonada na Rádio Miróbriga, me esforço todos os dias para contar histórias que ressoem com a nossa comunidade. Com mais de 10 anos de experiência no jornalismo, já cobri uma ampla gama de assuntos, desde questões locais até investigações aprofundadas. Meu compromisso é sempre buscar a verdade e apresentar relatos autênticos que inspirem e informem nossos ouvintes.