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Ucrânia: mísseis russos Iskander-M estão desafiando as defesas dos sistemas Patriot

É o que lemos no site da revista norte-americana “The National Interest” que cita uma análise do jornalista e analista de segurança nacional Brandon J. Weichert

Os mísseis balísticos russos Iskander-M estão a colocar em sérias dificuldades as defesas aéreas ucranianas baseadas nos sistemas Patriot dos EUA, reduzindo drasticamente a sua eficácia. É o que lemos no site da revista norte-americana “The National Interest” que cita uma análise do jornalista e analista de segurança nacional Brandon J. Weichert. De acordo com Weichert, a eficácia das defesas aéreas ucranianas fornecidas pelo Ocidente despencou nos últimos dois meses, de 34% para cerca de 6%.

“As defesas aéreas na Ucrânia tornaram-se tão pouco fiáveis ​​que é quase como se não existissem”, relatou o jornalista, citando testemunhos de especialistas e fontes norte-americanas no terreno. A análise destaca que a Rússia modificou as trajetórias dos seus mísseis Iskander-M, tornando-os “quase balísticos” e, portanto, menos previsíveis para os sistemas de interceção. Além disso, os mísseis teriam sido equipados com dispositivos de interferência de radar e sinais falsos que confundem os sistemas Patriot, já limitados no número de baterias e mísseis à disposição de Kiev. “Quando o alvo muda repentinamente de trajetória, o software de interceptação tem muito pouco tempo para reagir”, explica Weichert, apontando que as manobras terminais dos mísseis russos exploram lacunas nos radares ocidentais.

O analista acrescenta que a produção russa de mísseis Iskander prossegue “a um ritmo industrial”, enquanto a capacidade das indústrias de defesa dos EUA e da Europa não é suficiente para abastecer constantemente a Ucrânia. Os ataques de “saturação” russos, combinados com novas capacidades de mísseis, estão, portanto, “sobrecarregando as defesas ucranianas”. Weichert conclui que Kiev e seus aliados precisarão de mais baterias Patriot, melhores radares e software atualizado para restaurar a eficácia da defesa aérea.

Alternativamente, segundo o analista, “a Ucrânia poderia tentar reequilibrar a situação com mísseis de cruzeiro Tomahawk”, mas isso não seria suficiente para compensar “a vantagem tecnológica e industrial atualmente detida pela Rússia”.

Beatriz Marques
Beatriz Marques
Como redatora apaixonada na Rádio Miróbriga, me esforço todos os dias para contar histórias que ressoem com a nossa comunidade. Com mais de 10 anos de experiência no jornalismo, já cobri uma ampla gama de assuntos, desde questões locais até investigações aprofundadas. Meu compromisso é sempre buscar a verdade e apresentar relatos autênticos que inspirem e informem nossos ouvintes.