O Ministro da Saúde da Tunísia, Mustafa Ferjani, especificou que o projeto será confiado a uma empresa chinesa
As obras de construção de um centro oncológico em Gabes, no sudeste da Tunísia, terão início no final de janeiro e estarão concluídas dentro de dois anos. O anúncio foi feito pelo Ministro da Saúde da Tunísia, Mustafá Ferjani, especificando que o projeto será confiado a uma empresa chinesa. Ferjani, falando no Parlamento, sublinhou o compromisso do seu ministério em fortalecer as instalações de saúde da província, recentemente palco de protestos em grandes cidades nos quais a população reivindicou o direito de viver num ambiente saudável. O ministro também anunciou a retomada das obras do hospital universitário de Gabes, interrompidas há anos, até dezembro. A unidade será ampliada com 300 leitos adicionais, equipados com dois scanners, equipamentos de ressonância magnética e sistemas digitais para leitura remota de resultados. Além disso, serão introduzidas cinco novas especializações médicas às nove já existentes, enquanto o executivo trabalhará para reduzir a escassez de médicos especialistas, prevendo 4 mil novos empregos no setor da saúde até 2026.
Mustafa Ferjani definiu os pedidos dos cidadãos de Gabes como “legítimos, constitucionais e humanos”, destacando como as instituições que respeitam as normas ambientais são mais resilientes e competitivas. O ministro acrescentou que a situação actual é o resultado de “décadas de lacunas acumuladas e promessas não cumpridas”, sublinhando que o governo não tolerará quem tenha falhado nas suas obrigações para com o ambiente e a saúde dos cidadãos. O responsável da Autoridade de Saúde da Tunísia indicou como prioridade a procura de “um equilíbrio inteligente entre o direito ao desenvolvimento e o direito a um ambiente saudável”, especificando que “o ambiente não é um obstáculo, mas uma alavanca fundamental para criar um novo modelo económico baseado na inovação industrial limpa e na reutilização de materiais como o fosfogesso na economia circular”. Por fim, o ministro lembrou a posição do Presidente da República, Kais Saied, segundo o qual “a justiça ambiental é parte integrante da justiça social e uma componente essencial da soberania nacional”, sublinhando a atenção da presidência ao dossiê, demonstrada por visitas de campo e encontros com jovens da região.