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Tráfico de drogas: EUA destroem navio semissubmersível no Caribe – vídeo

“Sob a minha supervisão, os Estados Unidos da América não tolerarão narcoterroristas que traficam drogas ilegais, por terra ou por mar”, disse Trump.

Como parte da “guerra contra os narcoterroristas” do governo dos EUA, nas últimas horas os militares dos EUA destruíram um “enorme submarino” que transportava drogas e que navegava em direcção aos Estados Unidos transportando fentanil e outros narcóticos ilegais. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trumpchamou de “uma grande honra” destruir o “grande submarino” e afirmou que se ele tivesse pousado “pelo menos 25.000 americanos teriam morrido”. “Sob a minha supervisão, os Estados Unidos da América não tolerarão narcoterroristas que traficam drogas ilegais, por terra ou por mar”, disse Trump. O presidente acompanhou sua mensagem com um vídeo de 29 segundos mostrando uma embarcação semissubmersível (não um submarino) viajando parcialmente submersa sendo detonada. Havia quatro pessoas a bordo do veículo: duas morreram e as outras duas – um cidadão colombiano e um cidadão equatoriano – sobreviveram. As autoridades norte-americanas, após manterem brevemente os dois a bordo de um navio da Marinha, enviaram-nos aos seus países de origem onde serão julgados. O presidente da Colômbia deu as boas-vindas ao cidadão repatriado, celebrando o facto de “estar vivo” e garantindo que “será julgado nos termos da lei”.

Desde o início de setembro de 2025, os Estados Unidos confirmaram seis ataques, com um número oficial de pelo menos 27 mortes. Além disso, Washington mobilizou bombardeiros B-52 para sobrevoar as Caraíbas ao largo da costa venezuelana e mobilizou caças furtivos F-35 a partir de Porto Rico. Esta semana, Trump autorizou operações da CIA em território venezuelano. Porém, nas mesmas horas, foi anunciada a aposentadoria de Alvin Holsey, almirante à frente do Comando Sul dos EUA (Southcom), responsável pelas operações no Caribe. Holse, segundo algumas autoridades anônimas citadas pelo jornal norte-americano “New York Times”, expressou “dúvidas” sobre as operações contra os traficantes de drogas.

O governo venezuelano, por sua vez, rejeitou as declarações “bélicas e extravagantes” com as quais Trump confirmou a luz verde dada à agência de inteligência da CIA para realizar operações secretas no país. Palavras “inéditas”, lemos numa nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, que representam uma “gravíssima violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas”. Caracas “observa com extremo alarme o uso da CIA, bem como os destacamentos militares nas Caraíbas, que constituem uma política de agressão, ameaça e perseguição contra a Venezuela”, prossegue a nota, referindo-se à presença – desde meados de Setembro – de unidades militares dos EUA em águas internacionais ao largo da costa venezuelana. Manobras que a Casa Branca diz querer desenvolver para combater o tráfico de droga. “É claro que com estas manobras tentamos legitimar uma operação de mudança de regime cujo objetivo final é apoderar-se dos recursos petrolíferos venezuelanos”, acrescenta o Ministério dos Negócios Estrangeiros, apelando à comunidade internacional para “compreender que a impunidade face a estes atos terá consequências políticas perigosas”.

O presidente colombiano também se pronunciou sobre o tema, afirmando que um dos ataques (o de 16 de setembro) foi realizado em águas colombianas, violando a soberania do país e matando um pescador que não tinha ligações com o tráfico de drogas. “A embarcação afetada era colombiana, tinha o motor danificado e estava desligada, provavelmente estava em águas colombianas, e quem estava a bordo era um pescador de longa data: Alejandro Carranza, que não voltou para casa”, diz uma mensagem publicada pelo presidente Gustavi Petro no X. Segundo o presidente, Carranza “não tinha ligação com o tráfico de drogas”. “Aviso o Ministério Público e os convido a agir, dando proteção imediata às famílias das vítimas e associando-as, se quiserem, às vítimas de Trinidad e Tobago para iniciar processos judiciais no mundo na justiça dos Estados Unidos”, acrescenta Petro. A referência é a dois cidadãos de Trinidad e Tobago mortos num ataque mais recente a outro navio. “Os Estados Unidos ofenderam o território nacional da Colômbia e mataram um trabalhador colombiano honesto”, denunciou Petro.

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Beatriz Marques
Beatriz Marques
Como redatora apaixonada na Rádio Miróbriga, me esforço todos os dias para contar histórias que ressoem com a nossa comunidade. Com mais de 10 anos de experiência no jornalismo, já cobri uma ampla gama de assuntos, desde questões locais até investigações aprofundadas. Meu compromisso é sempre buscar a verdade e apresentar relatos autênticos que inspirem e informem nossos ouvintes.