Fontes locais dizem que milícias lideradas pelo General Dagalo atacaram recentemente locais de reunião de civis, numa tentativa de limpar a cidade dos seus residentes.
Mais de 60 pessoas morreram ou ficaram feridas em pesados bombardeamentos levados a cabo nos últimos dois dias pelas Forças de Apoio Rápido (RSF) contra um hospital e um refúgio para pessoas deslocadas em El Fasher, capital do Norte de Darfur. Isto foi afirmado por fontes médicas e de saúde ao jornal “Sudan Tribune”, segundo o qual o ataque mais recente, ocorrido na quarta-feira, viu a artilharia da RSF atingir um refúgio lotado para pessoas deslocadas dentro da antiga mesquita no bairro de Abushouk al Hilla, matando pelo menos 35 pessoas e forçando um grande número de deslocados a fugir.
O ataque segue-se a outro ataque na noite de terça-feira, quando a RSF bombardeou o Hospital Saudita para Mulheres e Maternidade, o último centro médico em funcionamento na cidade, matando pelo menos 12 pessoas e ferindo outras 17, incluindo pacientes e pessoal médico. A Rede de Médicos Sudaneses classificou o ataque ao hospital como um “crime de guerra em todos os aspectos” e responsabilizou totalmente a RSF. Fontes locais dizem que as milícias lideradas pelo general Mohamed Hamdan Dagalo recentemente atacaram locais de reunião de civis, numa tentativa de limpar a cidade dos seus residentes. El Fasher, a última grande cidade da região de Darfur ainda não sob controlo da RSF, está sitiada desde Abril de 2024 e no último mês a RSF intensificou os ataques numa tentativa de a tirar ao exército.