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Síria: quase mil civis mortos nos confrontos no oeste do país

Na Sharaa, ele anunciou a formação de uma comissão nacional independente para investigar os violentos confrontos entre as forças de segurança e grupos armados lealistas no antigo regime de Bashar Al Assad

O orçamento dos confrontos que ocorreu entre as forças de segurança da Síria do Presidente em Interino subiu para 973 civis mortos Ahmad Al Sharaa e militantes Alawiti no oeste da Síria, em particular na Latakia. Isso foi relatado pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), uma organização não governamental com sede em Londres, mas com uma rede de contatos em campo. Ontem, 9 de março, na Sharaa, ele anunciou a formação de uma Comissão Nacional Independente para investigar os eventos que ocorreram a partir de 6 de março na região costeira e no interior ocidental de Hama, cenário de violentos confrontos entre as forças de segurança e grupos armados lealistas no antigo regime de Bashar Al Assad. O decreto presidencial estabelece que a Comissão terá a tarefa de determinar as causas dos confrontos, identificando quaisquer violações contra os cidadãos e verificar as responsabilidades dos ataques a instituições públicas e forças armadas. A Comissão, composta por cinco juízes, um alto oficial das forças de segurança e um advogado, terá que enviar um relatório final à Presidência da República em trinta dias.

O governo enfatizou que todas as instituições estatais deverão colaborar com a Comissão, para que a investigação possa ocorrer sem obstáculos. A decisão ocorre após dias de forte violência na região, com o massacre de centenas de civis, principalmente pertencentes à minoria Alawita, que despertou alarme entre as organizações de direitos humanos. De acordo com fontes independentes, como o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), os confrontos viram o uso de artilharia pesada e operações de segurança em grande escala, com execuções sumárias e prisões em massa. Segundo fontes locais, Casus Belli foi uma emboscada que ocorreu perto de Jabla, na qual os militantes de Alawiti teriam atacado as forças de segurança fiéis ao presidente da Sharaa, matando 14 agentes. Este episódio teria lançado uma retaliação brutal contra a comunidade Alawita, com execuções sumárias e massacres nas cidades de Baniyas e Tartos.

O horror que atingiu a comunidade de Alawita nos últimos dias traz à memória um dos capítulos mais sombrios da Guerra Civil Síria. Entre 2 e 3 de maio de 2013, cerca de 150 pessoas, incluindo pelo menos 14 menores, foram massacradas em Baniyas pelas forças de Bashar al Assad nos bairros de Bayda e Ras Nabaa. Doze anos depois, a cidade é novamente teatro de Massacri, desta vez feita por grupos armados fiéis ao novo governo. Os testemunhos locais também relatam que, após a emboscada de Jabla, alguns dos autores do massacre de 2013 teriam filmado contra as casas da família das vítimas de Bayda, em um ato de provocação que desencadeou uma espiral de ódio. Já em dezembro, algumas famílias alawitas de Bayda pediram ao novo governo a prisão daqueles que mancharam os crimes de 2013, mas o pedido não havia sido seguido.

As informações sobre o campo permanecem fragmentadas, mas parece que os grupos responsáveis ​​pelo assassinato de civis em Baniyas incluem milícias locais e ex -combatentes de Hay’at Tahrir Al Sham (HTS), um ramo da frente do Nusra, uma vez afiliado à Al Qaeda. Algumas fontes também indicam a possível presença de militantes do Exército Nacional Sírio (ENS, grupo armado estritamente ligado à Turquia), enquanto as forças do governo de Sharaa permitiriam inicialmente a violência sem um envolvimento direto. No entanto, a imagem permanece incerta e é baseada em um mosaico de testemunhos ainda a ser verificado.

Beatriz Marques
Beatriz Marques
Como redatora apaixonada na Rádio Miróbriga, me esforço todos os dias para contar histórias que ressoem com a nossa comunidade. Com mais de 10 anos de experiência no jornalismo, já cobri uma ampla gama de assuntos, desde questões locais até investigações aprofundadas. Meu compromisso é sempre buscar a verdade e apresentar relatos autênticos que inspirem e informem nossos ouvintes.