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Sardenha: o bairro Marina confirma-se como o motor económico e turístico de Cagliari

O centro de gravidade das atividades está concentrado em 24 ruas principais, com forte polarização na via Roma e viale Regina Margherita

Não apenas restaurantes e discotecas com vista para o mar: por trás das luzes e dos aromas do bairro Marina pulsa um dos motores económicos mais animados de Cagliari. Um tecido produtivo surpreendentemente grande concentra-se num perímetro de poucas ruas, com mais de setenta setores ativos e um total de 2.352 funcionários. É o que emerge do relatório “La Marina – Quartiere della Buona Impresa”, promovido por Federterziario Sardegna e realizado numa amostra de 130 empresas com pelo menos três empregados. A investigação, apoiada por Dom Marco Laidiretor da Caritas diocesana e pároco de Sant’Eulália, fala de um bairro que não vive apenas do turismo, mas que, ao longo dos anos, soube renovar-se em termos de produção, logística e cultura.

No entanto, a cadeia hoteleira continua dominante: 30 por cento dos negócios são constituídos por actividades de restauração, a que se somam bares e locais sem cozinha (9,3 por cento) e meios de alojamento – hotéis, pensões e alojamentos não hoteleiros – equivalentes a 6,16 por cento do total. Mas a verdadeira força do distrito reside na sua variedade: dos serviços profissionais ao comércio e logística, a Marina acolhe um mosaico de negócios que a tornam uma plataforma económica integrada com os fluxos turísticos do porto e do centro da cidade. Em termos de emprego, as micro e pequenas empresas representam 63 por cento do tecido produtivo, com um quadro médio de 4-9 trabalhadores, enquanto 16 por cento ultrapassam os 20 trabalhadores, garantindo estabilidade e peso no emprego. Não faltam empresas de maior porte: destaca-se uma cooperativa social com 398 funcionários, além de empresas de logística e serviços com mais de 100 funcionários.

O centro de gravidade das atividades concentra-se em 24 ruas principais, com forte polarização na via Roma e na viale Regina Margherita, que sozinhas contêm mais de um quinto das empresas analisadas. Os indicadores económicos descrevem um setor sólido e em crescimento: o volume de negócios médio das empresas com balanço disponível atinge os 1,4 milhões de euros (680 mil euros a mediana), enquanto 61 por cento das empresas fecham em lucro e o património líquido médio ultrapassa os 700 mil euros. Os sinais positivos também vêm da inovação: na zona da antiga Manifattura Tabacchi, agora transformada num pólo multifuncional na Viale Regina Margherita, concentra-se um número crescente de PME e startups inovadoras, confirmando uma vocação de mudança que faz da Marina não só um símbolo de hospitalidade, mas também um laboratório de negócios e regeneração urbana.

Beatriz Marques
Beatriz Marques
Como redatora apaixonada na Rádio Miróbriga, me esforço todos os dias para contar histórias que ressoem com a nossa comunidade. Com mais de 10 anos de experiência no jornalismo, já cobri uma ampla gama de assuntos, desde questões locais até investigações aprofundadas. Meu compromisso é sempre buscar a verdade e apresentar relatos autênticos que inspirem e informem nossos ouvintes.