O Kremlin: “A preparação para a cimeira Putin-Trump em Budapeste ainda não começou”
O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrovteve uma conversa telefônica com o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. A assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou isso em nota. Segundo o comunicado, a reunião teve um carácter construtivo e centrou-se em possíveis passos concretos para implementar os acordos alcançados durante a conversa telefónica de 16 de Outubro entre o Presidente russo Vladímir Putin e o presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
A preparação da próxima cimeira em Budapeste entre Putin e Trump “ainda não começou na sua totalidade”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante uma conferência de imprensa. A Rússia, disse o porta-voz, espera poder fazer “progressos no caminho pacífico” para a resolução do conflito na Ucrânia durante a cimeira.
“Relações entre os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos com o primeiro-ministro húngaro Victor Orbán, contribuíram para a ideia de realizar uma cimeira em Budapeste”, disse ele. “Com Orbán, o presidente Trump tem relações bastante calorosas e o presidente Putin tem relações muito construtivas. Isto, claro, reforçou o entendimento alcançado durante a última conversa telefónica entre Putin e Trump”, disse Peskov.
“É do interesse ‘existencial fundamental’ da Hungria que a cimeira de paz tenha sucesso”, disse Orbán. “’É ótimo que Trump e Putin se encontrem em Budapeste, mas como é que isso vai tornar o pão mais barato?’ Desde o anúncio da cimeira de paz em Budapeste, esta tem sido a única questão que resta para os analistas e políticos de esquerda ganharem a vida. Vamos ver como? Nos primeiros três anos da guerra russo-ucraniana, a Hungria perdeu 9.100 mil milhões de forints (mais de 23 mil milhões de euros). Isto significa uma despesa de mais de dois milhões de forints por família. O preço da energia e do gás aumentou, a inflação disparou, falhamos com as sanções, conseguimos negociar menos, as taxas de juro dos títulos do governo dispararam e o financiamento do país tornou-se mais caro”, argumentou Orbán. “Se conseguirmos acabar com a guerra, tudo isto irá parar. A economia húngara poderá finalmente respirar aliviada e poderemos regressar ao crescimento pré-guerra. Todos ganharão mais e até o pão custará menos. Portanto, é do interesse existencial fundamental da Hungria que a cimeira de paz de Budapeste tenha sucesso”, escreveu o primeiro-ministro húngaro numa mensagem no Facebook.