A iniciativa reflecte o desejo da administração do Presidente Donald Trump de reafirmar a presença dos EUA numa região crucial para a estabilidade euro-mediterrânica
A nível regional, a pressão dos EUA faz parte de um contexto de rearmamento e de rivalidade crescente. Em 2025, a Argélia quase duplicou o seu orçamento de defesa para 25 mil milhões de dólares, enquanto Marrocos atribuiu mais de 12 mil milhões de dólares ao sector militar. Um quadro que, segundo os especialistas, “torna urgente uma iniciativa política capaz de reduzir as tensões e reabrir o canal de diálogo”. Witkoff, em entrevista à rede “CBS”, explicou que Washington “visa um acordo de reconciliação baseado na cooperação económica, na segurança partilhada e na estabilização do Magrebe”.
O objetivo, acrescentou, é “promover um acordo que nos permita encerrar definitivamente uma disputa de meio século e abrir caminho para uma nova temporada de colaboração regional”. A Argélia, no entanto, reitera a sua posição de princípio a favor de um referendo de autodeterminação sob a supervisão da ONU. O presidente Abdelmajid Tebboune declarou que “a Argélia nunca abandonará a causa saharaui” e que “ninguém pode impor aos saharauis uma solução que eles não aceitam”.
