Os EUA já são o principal fornecedor do Japão para a importação de milho e soja
O Japão e os Estados Unidos fizeram “progresso” nas negociações sobre os deveres ontem em Washington e concordaram em manter intensas discussões ministeriais a partir de meados de maio, com o objetivo de chegar a um acordo mutuamente vantajoso o mais rápido possível. Isso foi anunciado pelo negociador chefe japonês Ryosei Akazawa No final da sessão de entrevistas, às quais o secretário do Tesouro participou Scott Bessent e outros membros do governo dos EUA.
Akazawa relatou jornalistas que ela conseguiu aprofundar as discussões sobre barreiras não tarifárias, expansão bilateral do comércio e cooperação em segurança econômica. Quando perguntado sobre a possibilidade de que os líderes do Japão e dos Estados Unidos concluam um acordo em junho, Akazawa respondeu: “Seria positivo se pudéssemos chegar a essa fase”. Akazawa também disse que, durante a reunião, que durou mais de duas horas, nenhuma parte levantou questões relacionadas às taxas de defesa ou câmbio. A delegação japonesa esperava obter mais detalhes sobre as prioridades dos EUA e restringir o campo das entrevistas tarifárias, formalmente iniciado há duas semanas, mas não está claro se o progresso também dizia respeito a esses problemas específicos.
A reunião em Washington ocorreu dois dias após a decisão do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump de mitigar o impacto dos novos deveres de 25 % nas importações americanas de carros, permitindo que os produtores que fabricam veículos nos EUA obtenham alguns reembolsos. Apesar desse relâmpago, Akazawa, ministro japonês de revitalização econômica, disse que havia novamente instado o governo Trump a remover os deveres impostos nos últimos meses em carros e outros produtos, que abalaram a ordem comercial global e alimentavam o medo de uma desaceleração econômica significativa. Durante a reunião de ontem, Akazawa teria apresentado um pacote de propostas a Bessent. De acordo com as fontes informadas mencionadas pela agência de notícias “Kyodo”, entre elas haveria um aumento nas compras japonesas de milho e soja americana, para compensar a queda nas exportações para a China em um contexto de crescente tensões comerciais entre Washington e Pequim.
Os Estados Unidos já são o principal fornecedor do Japão para a importação de milho e soja. Em 2024, a China era o maior importador de soja americano e um parceiro comercial importante para milho, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. No entanto, os dados alfandegários chineses mostram que, em março, as importações de milho e soja dos Estados Unidos diminuíram 99 % e 11 %, respectivamente, em comparação com o ano anterior em termos de valor, enquanto as duas principais economias mundiais continuam a se chocá -lo em uma guerra comercial com os deveres.