Al Mansour lutou, durante a guerra civil síria, nas fileiras do grupo islâmico Frente Nusra, que mais tarde se tornou Hayat Tahrir al Sham (Hts), ligado à Irmandade Muçulmana, que no passado dia 8 de dezembro depôs o regime sírio de Bashar al Assad. Num vídeo publicado no Egipto e o regresso aos princípios da revolução de Janeiro de 2011 Neste contexto, foi lançada nas redes sociais a hashtag “É a sua vez, ditador”, em referência a Al Sisi.
O nome do movimento anunciado por Al Mansour não é coincidência. De facto, em 25 de Janeiro de 2011, no auge da Primavera Árabe, milhões de egípcios saíram às ruas contra o regime de Hosni Mubarak, exasperados pela corrupção, pela falta de direitos e de perspectivas. O resultado dessa revolta de rua, caracterizada por uma forte repressão por parte dos militares, levou ao poder um homem da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi, durante apenas um ano, deposto por um golpe de Estado liderado pelo actual presidente Al Sisi.
A bandeira do movimento Al Mansour também é particular: fundo verde, crescente e três estrelas brancas, lembrando o estandarte do Reino do Egito que caiu em 1953.