Será que estamos todos, neste exato momento, vivendo dentro de uma simulação de computador tão elaborada que até o café da manhã de ontem foi programado? Uma nova lei da física, recém-proposta, veio jogar gasolina nesse incêndio filosófico e provocar cientistas e sonhadores: o universo é mesmo real ou apenas uma obra-prima digital?
Infodinamismo: quando a física encontra a ficção científica
Nesta era em que limites entre ciência e ficção científica se diluem com uma facilidade quase mágica, surge uma nova teoria que liga como nunca informação e dinâmica dos sistemas físicos: a chamada segunda lei da infodinâmica. Esqueça tudo que você já ouviu sobre física ser entediante, porque agora é papo de questionar o tecido da própria realidade com um sorriso no rosto!
Inspirando diálogos entre físicos, filósofos e fãs de Matrix, essa lei mira diretamente o conceito ousado do universo simulado: a ideia de que todo o nosso mundo — do pãozinho ao buraco negro — pode não passar de dados cuidadosamente manipulados por uma tecnologia superavançada, talvez assistindo tudo de camarote.
A Lei, Vopson e a ousadia de medir informação
O protagonista dessa reviravolta é o Dr. Melvin Vopson, da Universidade de Portsmouth, cujas pesquisas são publicadas na conceituada revista AIP Advances. Ele propõe que informação não é apenas uma abstração ou um conceito perdido entre 0 e 1. Para Vopson, informação é uma entidade física, com direito até a massa — assim como energia — e pode ser medida, analisada e estudada como algo palpável.
Sua abordagem nasce da observação da relação intrínseca entre informação e o movimento dos sistemas físicos. Em 2022, Vopson avança ainda mais: descobre que, ao contrário da intuição e do esperado pela segunda lei da termodinâmica (onde a entropia só aumenta ou se mantém igual), a entropia informacional de certos sistemas permanece constante ou diminui. Nasce então oficialmente a segunda lei da dinâmica da informação.
- Informação, como energia, tende a se dispersar em sistemas fechados, maximizando sua entropia.
- Essa dispersão pode ser a assinatura de um universo simulado – ou até, vá lá, um bug do sistema.
- Toda partícula elementar armazena informações a seu respeito.
Das mutações genéticas aos átomos: alcance da infodinâmica
O alcance da nova lei é ambicioso:
- Biologia: No mundo vivo, ela sugere que mutações genéticas não são simplesmente obra do acaso ou do ambiente, mas seguem a entropia da informação. Isso abre novas interpretações para evolução, terapia genética, virologia, farmacologia e até para o monitoramento de pandemias.
- Física atômica: Para átomos com vários elétrons, a lei explica como eles se organizam (olá, regra de Hund!). Os elétrons buscam minimizar sua “bagunça informacional”, jogando luz sobre a estabilidade de elementos e compostos.
- Cosmologia: Num universo em expansão, a infodinâmica pode redefinir como pensamos a distribuição de energia e informação. Sim, isso pode influenciar todo o nosso entendimento do que é a termodinâmica no espaço inteiro.
- Simetria universal: A onipresença da simetria nas leis da natureza, segundo Vopson, pode ser fruto dessa busca por minimizar a entropia informacional. Ou seja: talvez o universo goste mesmo de ordem!
Universo simulado? Filosofia, bugs e… compressão de dados?
Agora, a cereja do bolo: será que a tendência da informação se dispersar é uma “regra” programada dessa simulação ou um bug esquisito que denuncia falhas do sistema responsável pela nossa realidade?
No contexto de um universo simulado, a segunda lei da infodinâmica sugere que a forma como a informação se espalha (ou não!) pode ser uma chave fundamental para entender se estamos num game cósmico. Se há códigos, talvez haja também as famosas compressões de dados: Vopson traça um paralelo divertido entre como dados são comprimidos em computadores para economizar energia e espaço — será que o universo faz o mesmo?
A implicação vai longe: se informação, massa e energia são equivalentes, ela pode até se relacionar com a misteriosa matéria escura. Futuras pesquisas (com direito a experimentos de colisões de partículas e antimatéria) são necessárias para validar de vez essas hipóteses ousadas.
No fim das contas, talvez estejamos apenas começando a decifrar a senha do universo — e se for mesmo uma simulação, espero que o programador esteja de bom humor!