Segundo o que foi anunciado pela inteligência israelita, o grupo é liderado pelo comandante Sardar Ammar, oficial superior da Força Quds, que tem cerca de 11 mil operacionais envolvidos em operações clandestinas no estrangeiro.
A Mossad, o serviço de inteligência externo de Israel, revelou novos detalhes sobre uma rede terrorista transnacional dirigida pela Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC), que se acredita ser responsável por uma série de ataques contra locais judaicos em vários países ocidentais. Isto foi relatado pelo jornal israelense “The Times of Israel”. Segundo o que foi divulgado, a rede é liderada pelo comandante Sardar Ammar, oficial superior da Força Quds, que conta com cerca de 11 mil operacionais envolvidos em operações clandestinas no estrangeiro. A Mossad afirma que desde os ataques do Hamas em 7 de Outubro de 2023, o grupo intensificou os esforços para atacar alvos israelitas e judeus na Europa, Austrália e outros países. As operações alegadamente incluíram atos de vandalismo e incêndios criminosos contra empresas judaicas e instituições comunitárias, com o objetivo de “intimidar as comunidades e criar condições para ataques mais sérios”, bem como planos para atingir figuras proeminentes do judaísmo internacional.
Os incidentes atribuídos à rede incluem a detenção, em julho de 2024, na Grécia, de sete pessoas – incluindo dois cidadãos iranianos – acusadas de incendiar um hotel de propriedade israelita e uma sinagoga em Atenas; a detenção pela polícia dinamarquesa, a pedido da Alemanha, de um homem suspeito de recolher informações sobre alvos judeus em Berlim; e, finalmente, os ataques incendiários de 2024 na Austrália contra a sinagoga Adas Israel em Melbourne e um restaurante kosher em Sydney, episódios que levaram Canberra a expulsar o embaixador iraniano. Segundo a Mossad, para esconder o envolvimento direto do Irão, a rede recorreu a grupos criminosos locais e a colaboradores não iranianos, operando com um elevado nível de compartimentação. As agências de inteligência ocidentais, no entanto, teriam descrito muitas das operações como “desajeitadas e amadoras”.