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Líbia: Estados Unidos e Itália em Pressionamento Diplomático por uma solução política duradoura

Saddam Haftar foi recebido ontem no Departamento de Estado por uma delegação de altas autoridades americanas lideradas por Tim Lenterking (funcionário do Bureau Sênior para os Assuntos do Oriente Próximo), Massad Boulos (consultor sênior do Oriente Médio) e Richard Norland (correspondente especial da Líbia)

Na Líbia, existe um ativismo diplomático renovado, apesar das profundas divisões internas permanecerem sem solução e da perspectiva das eleições, suspensas a partir de dezembro de 2021, ainda aparece longe. Nesse contexto, a visita oficial a Saddam Haftar Nos Estados Unidos, onde o chefe de gabinete das forças terrestres do Exército Nacional da Líbia (enl, com sede no leste do país) discutia a estabilização, a unificação militar e as relações econômicas com Washington. Saddam Haftar foi recebido ontem no Departamento de Estado por uma delegação de altas autoridades americanas lideradas por Tim Ledderking (Funcionário sênior do Bureau para os assuntos do Oriente Próximo), Massad Boulos (Consultor sênior para o Oriente Médio) e Richard Norland (Enviado especial para a Líbia). A reunião ocorreu alguns dias depois de visitar o navio de guerra americano USS Mount Whitney nos portos de Trípoli e Benghazi, marcando o crescente envolvimento dos Estados Unidos no dossiê da Líbia.

O general Haftar, presente como o enviado do comandante -geral da ENR – o “Feltmaresse” Khalifa Haftarseu pai – ele reiterou a vontade de colaborar em uma estrutura de unificação futura de instituições militares. De acordo com uma nota divulgada pela Embaixada dos EUA em Trípoli, as partes concordaram que uma Líbia “segura, unida e próspera”, apoiada por fortes instituições tecnocráticas, como o Banco Central da Líbia (BCL) e as empresas nacionais de petróleo (NOC), representariam um parceiro econômico mais confiável para os Estados Unidos e para as empresas americanas. Washington reiterou sua intenção de manter o diálogo com as autoridades de ambos os bancos do país, tanto a leste quanto o oeste.

A missão de Haftar a Washington – antecipada nos últimos dias por fontes mencionadas pela “Arab Weekly” – faz parte de uma estratégia mais ampla, promovida pelo governo dos EUA, com o objetivo de relançar o processo político da Líbia e superar a barraca institucional. Paralelamente, a visita do Primeiro Ministro do Governo da Unidade Nacional (Gun), Abdulhamid Dabaiba, cujo programa inclui reuniões ao Departamento de Estado e contatos com representantes do ex -presidente Donald Trump, entre os principais apoiadores de um novo plano político para a Líbia, também é aguardado no uso.

O ativismo renovado dos EUA visa promover um processo político inclusivo e prático, capaz de combinar a estabilidade política e o relançamento econômico. Com isso em mente, a recente visita do USS Mount Whitney é interpretada como um sinal claro do compromisso americano em favor de uma Líbia unida e soberana. A adesão do ENF a esse caminho, que emergiu nas entrevistas com a delegação dos EUA, também se reflete nas obras do Comitê Consultivo estabelecido pela Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL).

Na frente bilateral, ontem à noite Abdulhamid Dabaiba teve uma entrevista por telefone com o primeiro -ministro, Giorgia Meloni, para discutir a cooperação entre a Itália e a Líbia, em particular no setor de energia. Segundo relatos da arma, ambas as partes reiteraram a importância da coordenação constante para fortalecer as relações bilaterais e apoiar a estabilidade na região. De acordo com uma análise recente do pesquisador Yaseen fracassado para o Conselho Atlântico, o retorno dos Estados Unidos e da Itália ao centro da diplomacia da Líbia poderia representar um ponto de virada crucial para superar o impasse político de dez anos. Rashed sublinha que apenas uma ação diplomática conjunta – apoiada por ferramentas de pressão, como sanções direcionadas – poderão iniciar um processo político credível e tecnocrático, orientado para eleições livres.

Na estrutura da estratégia italiana, a Líbia já foi identificada como o principal parceiro do Plano Mattei para o desenvolvimento da África. A ENI, embora limitada até agora pela instabilidade, retomou as atividades de exploração na bacia de Ghadames, confirmando um ator essencial para o relançamento do setor de energia da Líbia. A proximidade geográfica e a alta qualidade do petróleo bruto da Líbia oferecem vantagens competitivas estratégicas à Itália. Finalmente, para Donald Trump – conhecido por abordagens “não convencionais” na política externa – a Líbia poderia representar uma oportunidade para alcançar o sucesso diplomático. O relacionamento pessoal com Khalifa Haftar e a possibilidade de exercer alavancas de pressão relacionadas à cidadania geral do general poderiam facilitar uma solução política. De acordo com Rashed, um novo caminho de transição deverá ser guiado pela Líbia Tecnocrati, com prazos precisos e limitações claras sobre os poderes dos números no campo, colocando os interesses estratégicos compartilhados entre os Estados Unidos e a Itália no centro: segurança energética, combate a influência russa e chinesa e a estabilidade regional.

Beatriz Marques
Beatriz Marques
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