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Gaza, “The Guardian”: O Egito deveria assumir a liderança da força de estabilização internacional

Segundo fontes diplomáticas, está a ser preparada uma moção do Conselho de Segurança da ONU, apoiada pelos Estados Unidos e países europeus, para dar à força “poderes sólidos”

O Egipto deveria assumir a liderança da futura força de estabilização internacional para monitorizar a segurança dentro da Faixa de Gaza. Fontes diplomáticas revelaram isto ao jornal britânico “The Guardian”, explicando que está a ser preparada uma moção do Conselho de Segurança da ONU, apoiada pelos Estados Unidos e países europeus, para dar à força “poderes sólidos”. Os Estados Unidos estão a pressionar para que a força tenha um mandato da ONU, sem ser uma verdadeira missão de manutenção da paz, e opere com poderes semelhantes aos concedidos às tropas internacionais destacadas no Haiti para combater gangues armadas, disseram as fontes, que também listaram a Turquia, a Indonésia e o Azerbaijão como principais contribuintes de tropas. Segundo fontes, não se espera que nenhuma tropa europeia ou britânica participe na missão.

Além disso, diplomatas britânicos admitiram ao “The Guardian” que a questão do desmantelamento do arsenal do movimento islâmico palestiniano Hamas será a mais complexa e apresentam sugestões inspiradas no processo que ocorreu na Irlanda do Norte, onde as armas controladas pelo IRA e por grupos protestantes foram colocadas fora de uso através de um órgão de verificação independente. É provável que o Hamas concorde em entregar armas apenas a um organismo liderado pelos palestinianos, para evitar conotações de rendição, mas terceiros poderiam estar envolvidos para fornecer garantias a Israel. Espera-se que o processo comece com a entrega de armas pesadas e lançadores de foguetes, enquanto a questão mais sensível das armas ligeiras detidas pelas brigadas do Hamas será abordada mais tarde.

Beatriz Marques
Beatriz Marques
Como redatora apaixonada na Rádio Miróbriga, me esforço todos os dias para contar histórias que ressoem com a nossa comunidade. Com mais de 10 anos de experiência no jornalismo, já cobri uma ampla gama de assuntos, desde questões locais até investigações aprofundadas. Meu compromisso é sempre buscar a verdade e apresentar relatos autênticos que inspirem e informem nossos ouvintes.