As milícias operariam fora da chamada “linha amarela”, limite da área de controle das Forças de Defesa de Israel (IDF) na Faixa, estabelecida pelo acordo de cessar-fogo
Quatro milícias anti-Hamas foram estabelecidas na Faixa de Gaza com o apoio de Israel e de vários países árabes e ocidentais. A informação foi noticiada pela emissora “Sky News”, citando o comandante de uma das formações, Hossam al Astal. Os outros líderes dos grupos são supostamente Yasser Abu Shabab, Rami Halas E Ashraf al-Mansi.
As milícias operariam fora da chamada “linha amarela”, limite da área de controle das Forças de Defesa de Israel (IDF) na Faixa, estabelecida pelo acordo de cessar-fogo. O grupo liderado por Al Astal estaria baseado ao longo de uma estrada militar localizada a menos de 700 metros do posto avançado israelense mais próximo. A formação destas unidades ocorre no contexto do cessar-fogo assinado em 13 de outubro entre Israel e o Hamas, mediado pelos Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia. O acordo, formalizado em declaração assinada pelo presidente dos EUA Donald Trump, pelo presidente egípcio Abdel Fattah al Sisi, pelo Emir do Catar Tamim bin Hamad al Thani e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, previram a libertação de 20 reféns sobreviventes detidos pelo Hamas desde 7 de outubro de 2023 em troca da libertação por Israel de 1.718 detidos em Gaza e 250 prisioneiros palestinos. Como parte do plano de paz promovido por Trump, foi estabelecido que o Hamas e outras facções armadas palestinianas não terão qualquer papel na governação da Faixa de Gaza após a guerra. O controlo do enclave será, em vez disso, confiado a um comité tecnocrático colocado sob a supervisão de um organismo internacional presidido pelo próprio presidente dos EUA.