Entre as personalidades esperadas, a Primeira-Ministra Giorgia Meloni e o Presidente do Conselho Europeu Antonio Costa, bem como representantes de: Jordânia, Turquia, Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Paquistão, Índia, Bahrein, Kuwait, Omã, Chipre, Grécia, Alemanha, França, Reino Unido, Azerbaijão, Espanha, Arménia, Hungria e Liga Árabe
Está marcada para segunda-feira, no Egipto, a Cimeira da Paz de Sharm el Sheikh, ocasião em que terá lugar a cerimónia de assinatura do acordo de trégua na Faixa de Gaza, na presença de vários actores internacionais. Líderes e ministros de mais de 20 países são esperados na cimeira, que será co-presidida pelo presidente egípcio Abdel Fattah al Sisi e a contraparte dos EUA Donald Trump. A cimeira será realizada após a visita relâmpago de Trump a Israel amanhã de manhã e a libertação dos primeiros reféns pelo Hamas. Nos termos do acordo de trégua, o Hamas deveria libertar os 48 reféns – vivos e mortos – ainda detidos na Faixa de Gaza no prazo de 72 horas após a entrada em vigor do cessar-fogo, ou seja, até às 12h00 locais (11h00, hora italiana) de amanhã. No entanto, durante uma reunião do Gabinete na Casa Branca na quinta-feira, Trump admitiu que “o processo de recuperação dos corpos (dos reféns mortos) é complexo”. Os prazos para devolver todos os corpos a Israel poderiam, portanto, ser mais flexíveis. Nos termos do acordo, por seu lado, Israel deve libertar cerca de 2.000 prisioneiros palestinianos em troca de reféns, incluindo 250 detidos de segurança.
Segundo o que foi hoje declarado pelo gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, citado pelo jornal “The Times of Israel”, a libertação dos reféns deverá ocorrer amanhã, nas primeiras horas da manhã. No entanto, Israel está pronto para receber os reféns se estes forem libertados mais cedo, disse a porta-voz do gabinete, Shosh Bedrosian. Assim que Israel confirmar que recebeu todos os reféns que “espera receber amanhã”, começará a libertar prisioneiros de segurança palestinos, disse Bedrosian. Entretanto, uma fonte do Hamas confirmou hoje que grupos islâmicos em Gaza concluíram a contagem de reféns vivos e a sua distribuição para vários locais dentro da Faixa antes da sua libertação, como parte do acordo de troca de prisioneiros com Israel. Delegados do Hamas e da Cruz Vermelha “vão reunir-se esta noite para chegar a acordo sobre o mecanismo de entrega” dos reféns, explicou a mesma fonte, acrescentando que a libertação “terá lugar em três eixos diferentes” de Gaza. Os mediadores das negociações entre Israel e o Hamas, segundo fonte do grupo islâmico, “ainda estão a trabalhar para chegar a um acordo final sobre as listas de prisioneiros palestinianos” que terão de libertar Tel Aviv.
A cimeira de Sharm el-Sheikh de amanhã “visa pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, reforçar os esforços para alcançar a paz e a estabilidade no Médio Oriente e abrir um novo capítulo de segurança e estabilidade regional”, lê-se numa nota da presidência egípcia. Entre as personalidades esperadas está o primeiro-ministro Giorgia Meloni e o Presidente do Conselho Europeu António Costa, bem como representantes de: Jordânia, Turquia, Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Paquistão, Índia, Bahrein, Kuwait, Omã, Chipre, Grécia, Alemanha, França, Reino Unido, Azerbaijão, Espanha, Arménia, Hungria e Liga Árabe. Foi também confirmada a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Entre os ausentes estava o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, convidado a participar do evento pelo Departamento de Estado dos EUA. No entanto, hoje uma fonte informada disse à agência noticiosa iraniana “Tasnim” que Teerão não participará na cimeira, marcada para amanhã em Sharm el Sheikh, “apesar de ter sido convidado para o evento”. Contudo, não está claro se o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP, com sede em Ramallah, na Cisjordânia), Mahmoud Abbas, estará presente ou não. Ao contrário do que foi noticiado pela emissora pan-árabe saudita “Al Hadath”, segundo uma fonte do site de notícias catariano “Al Araby al Jadeed”, a ANP não recebeu nenhum convite para a cimeira. A fonte do site do Qatar, que pediu anonimato, explicou que as autoridades palestinianas contactaram o presidente egípcio, Abdel Fattah al Sisi, para solicitar uma reunião bilateral com o seu homólogo Abbas, com o objectivo de reiterar que a liderança da PNA “continua a ser o único representante legítimo do povo palestiniano”. No entanto, segundo a mesma fonte, o presidente egípcio não respondeu ao pedido, também devido à exclusão da AP do plano de paz dos EUA para Gaza promovido por Trump.