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Funicular de Lisboa descarrilou, segundo dia de investigações: cabines retiradas, aguardam-se os primeiros argumentos

Uma tragédia que assombra a mente das pessoas, especialmente de quem visitou a capital portuguesa nos últimos anos. Agora todo o país exige respostas, até o Presidente da República pede. Depois disso Funicular de Lisboa descarriloucausando 16 mortos e 22 feridos, são o centro das atenções as investigaçõeschamado para esclarecer como um dos símbolos mais queridos da cidade, o Elevador da Glória, poderia ser transformado em um teatro de morte e destruição. As primeiras verificações técnicas suscitam mais dúvidas do que certezas e a procura das causas torna-se essencial para restaurar a confiança dos cidadãos e dos milhões de turistas que todos os anos escolhem estes atrativos históricos. Li Algarve, site de referência da comunidade italiana em Portugalcontinua acompanhando essa tragédia passo a passo, oferecendo atualizações constantes e aprofundadas para mantê-lo informado à medida que a história se desenvolve.

A Polícia confirma a nacionalidade das vítimas

Polícia Judiciária anunciou as nacionalidades das 16 vítimas do descarrilamento do tremElevador da Glóriaapós identificação científica realizada em conjunto com o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

Aqui está a lista oficial de nacionalidades dos 16 falecidos:

Um erro que surgiu ontem também foi esclarecido: o cidadão alemão, pai de uma criança de 3 anos inicialmente listada entre as vítimas, está realmente vivo e está internado no hospital São José, onde recebe tratamento médico.

Inspeção preventiva algumas horas antes do desastre

Manhã de quarta-feira, poucas horas antes da tragédia descarrilamento do funicular de Lisboao Elevador da Glória havia passado por vistoria prévia. Segundo a documentação divulgada, entre as 9h13 e as 9h46 os técnicos da empresa MNTC realizaram dez procedimentos de controlo. Um procedimento diário, conforme protocolo, concluindo que o cabo ainda poderia funcionar por 263 dias antes de ser substituído. À pergunta final “O funicular está totalmente funcional?”, a resposta foi “OK”. Nove horas depois, uma das duas cabines se soltou e desceu incontrolavelmente a Calçada da Glória, colidindo com um prédio e causando 16 mortos e 22 feridos.

As palavras do presidente da Carris, empresa que gere os transportes públicos de Lisboa

O presidente da Carris, Pedro Bogasdisse que o incidente “deixou todos arrasados”. Salientou que o cabo do funicular era verificado diariamente numa roldana e que não se pode presumir que a rutura tenha sido a causa principal. “Se fosse algo óbvio, já teríamos descoberto. A situação exige cautela, antes de apontar o dedo”, afirmou. Bogas lembrou que a manutenção geral é feita de quatro em quatro anos (a última em 2022) e a manutenção intermédia de dois em dois (a última em 2024).

O presidente explicou ainda que o Elevador da Glória (nome oficial do funicular descarrilado em Lisboa) tinha sistemas redundantes para parar as cabines. Freios de emergência. No entanto, estamos a falar de «uma infraestrutura com mais de cem anos. É, portanto, lógico pensar que não podemos ter o mesmo nível de segurança de um metro ligeiro moderno». O serviço foi acompanhado por seis técnicos e três engenheiros. Mas os próprios operadores também faziam verificações contínuas, como os técnicos da Carris.

Sem sobrecarga de passageiros

A Carris descartou que o acidente possa ser atribuído ao excesso de passageiros. A capacidade máxima das cabines é de 42 pessoas (20 sentadas e 22 em pé). Fica estabelecido que o veículo envolvido transportava um número de passageiros inferior à capacidade máxima. “Não houve sobrecarga”, confirmou Pedro Bogas, lembrando que este funicular é um dos meios mais utilizados pelos turistas, com cerca de três milhões de passageiros por ano.

E este é um dos pontos cruciais das investigações ao Funicular da Glória, em Lisboa, que descarrilou na tarde de quarta-feira. Segundo alguns comentaristas, engenheiros e técnicos, o excesso de turismo que a capital portuguesa tem vivido nos últimos anos pode ser uma causa contribuinte para a tragédia. É lógico pensar que a infra-estrutura foi pensada para a utilização dos cidadãos que necessitavam de ultrapassar o desnível entre a Praça dos Restauradores e o Bairro Alto. Antigamente as saídas eram esporádicas, ao contrário dos últimos anos, quando o funicular funcionava constantemente a plena capacidade, com saídas a cada 10 minutos.

Cabines retiradas e colocadas sob apreensão pela Polícia Judiciária

As cabines envolvidas no acidente foram retiradas e permanecerão sob custódia do Polícia Judiciária. Eles agora são mantidos na prisão de Tiers. A PJ é o órgão que conduz as investigações em nome do tribunal. Investigações realizadas em conjunto com o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) e a Autoridade para as Condições do Trabalho. As autópsias das 16 vítimas foram concluídas e os corpos devolvidos às suas famílias. Houve também uma conferência de imprensa ontem à tarde, na qual foi dito que as causas precisas do descarrilamento ainda não foram oficialmente determinadas.

O Presidente da República pediu que as investigações sejam “rápidas e completas”, para apurar responsabilidades e garantir a segurança dos restantes funiculares de Lisboa, que permanecerão encerrados até ao final das verificações técnicas.

Conclusões preliminares esperadas ainda hoje

Segundo fontes investigativas, o GPIAAF deverá divulgar hoje um comunicado com as primeiras conclusões das análises realizadas ao funicular da Graça, instalação semelhante à da Glória. As informações poderão ajudar a entender os rumos da investigação, num momento em que não há certezas sobre as causas. Muito se tem falado sobre o descarrilamento do funicular de Lisboa, mas recorde-se que as investigações estão em curso. Lá quebra de cabo de aço que conecta e equilibra as duas cabines foi inicialmente apontada como possível causa do desastre, mas não há confirmação oficial. Os resultados preliminares completos do relatório técnico são esperados dentro de 45 dias.

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Beatriz Marques
Beatriz Marques
Como redatora apaixonada na Rádio Miróbriga, me esforço todos os dias para contar histórias que ressoem com a nossa comunidade. Com mais de 10 anos de experiência no jornalismo, já cobri uma ampla gama de assuntos, desde questões locais até investigações aprofundadas. Meu compromisso é sempre buscar a verdade e apresentar relatos autênticos que inspirem e informem nossos ouvintes.