A recente nomeação de seu longo aliado Yulia Svynydenko para o Ministro Prima foi interpretado por observadores internos e embaixadores ocidentais, como mais um sinal de sua centralização do poder
Andriy YermakChefe do Gabinete do Presidente Ucraniano Volodymyr Zelenskyestá cada vez mais no centro do poder executivo do país, despertando preocupações generalizadas sobre uma centralização excessiva das decisões e sobre possíveis desvios autoritários na Ucrânia. Isso foi relatado pelo jornal britânico “Financial Times” em um longo editorial dedicado ao chefe do escritório presidencial ucraniano. Uma figura onipresente em eventos políticos e diplomáticos, Yermak é considerado por muitos observadores e diplomatas estrangeiros, como o homem mais poderoso do país depois – ou às vezes mesmo antes – do próprio Zelensky. O ex -produtor e advogado de cinema, Yermak, construiu sua influência desde a campanha eleitoral de 2019, tornando -se o arquiteto de diplomacia de guerra e diretor das negociações mais delicadas, desde negociações sobre prisioneiros até relações com Washington. Segundo fontes oficiais e diplomáticas, nada acontece na política ucraniana sem o seu consentimento. Sua figura divide a opinião pública. Os apoiadores o descrevem como “um grande gerente em tempos de crise”, capaz de garantir continuidade e direção ao governo. Mas entre os oponentes – e também dentro das instituições – a preocupação com seu papel não eleito, percebido como uma ameaça ao equilíbrio democrático está crescendo. Protestos recentes em Kiev contra o enfraquecimento dos órgãos anticorrupção viram slogans diretos contra Yermak, acusados de gerenciar o poder com lógicas de controle personalistas.