A construção do TGV em Portugal dá finalmente os primeiros passos. Numa cerimónia realizada na passada sexta-feira e presidida pelo Primeiro-Ministro cessante, António Costao concurso foi lançado oficialmente. Estamos a falar da construção do primeiro troço da tão esperada linha ferroviária de alta velocidade Porto-Lisboa. Um momento crucial para Portugal, que contou com o apoio dos dois principais partidos durante a aprovação no Parlamento.
Na passada terça-feira, o primeiro-ministro sublinhou a importância deste passo. Sem a abertura do concurso, Portugal ficaria excluído do financiamento do PNRR de 729 milhões de euros até esta semana. Fundos atribuídos por Bruxelas exclusivamente para este ambicioso projecto ferroviário.
O encurtamento do prazo para o lançamento do concurso pelo Partido Socialista permitiu a rápida aprovação da Assembleia da República. O Chega é o único partido a abster-se.
O Primeiro-Ministro comentou com entusiasmo a aprovação, qualificando o dia de “histórico”. Costa destacou a “maturidade democrática” demonstrada pelos partidos que aprovaram o projeto no Parlamento. O Primeiro-Ministro reiterou o seu compromisso com esta infraestrutura, que pretende revolucionar a ligação ferroviária entre as duas principais cidades do país.
O projeto não é novo, data, aliás, do passado mês de setembro de 2022. Foi apresentado pela primeira vez, na estação de Campanhã, no Porto, pelo primeiro-ministro e então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos. Com o seu comissionamento será possível chegar às duas cidades do Porto e Lisboa em apenas 75 minutos.
O projeto de construção do TGV em Portugal será dividido em três fases e 5 lotes
A estrutura da linha de alta velocidade Porto-Lisboa está dividida em três lotes distintos. A primeira entre Porto e Soure (distrito de Coimbra). A segunda entre Soure e Carregado (concelho de Alenquer, distrito de Lisboa). Último lote entre Carregado e Lisboa.
Em seguida, o primeiro lote é dividido em mais dois lotes. A primeira que inclui o troço Porto e Oiã, no distrito de Aveiro, com um percurso de cerca de 70 quilómetros pensado para uma velocidade máxima de 300 km/h.
O custo global de construção, estimado no projeto do TGV em Portugal, é de 4,5 mil milhões de euros. Representa um investimento significativo para o país, mas espera-se que os benefícios em termos de conectividade e desenvolvimento económico sejam consideráveis. Atualmente o comboio de alta velocidade de Lisboa para o Porto demora normalmente 2 horas e 35 minutos de estação para estação.