O projeto, ainda não aprovado por Pequim, visa fortalecer as exportações de gás russo para a China para compensar o colapso dos suprimentos para a Europa após a invasão da Ucrânia
O presidente russo Vladimir Putin e a contraparte Xi Jinping As negociações serão retomadas no projeto do oleoduto Forza della Sibéria 2 por ocasião da visita oficial a Moscou do líder chinês por ocasião das celebrações para o dia da vitória, programado para 9 de maio. Isso foi relatado pela agência de informações dos EUA “Bloomberg”, citando fontes próximas ao Dossier. Proposta por Putin em 2022, o projeto visa fortalecer as exportações de gás russo para a China para compensar o colapso dos suprimentos para a Europa após a invasão da Ucrânia. Pequim ainda não aprovou a iniciativa e pede que o gás seja vendido a uma taxa semelhante à russa nacional. No entanto, de acordo com as fontes de “Bloomberg”, a China agora estaria considerando um preço intermediário entre a taxa interna russa e a que atualmente pagou pelo gás fornecido através do primeiro pipeline da Sibéria, em operação desde 2019. De acordo com o chefe dos EUA, apesar da retomada das entrevistas, não se espera que um acordo seja assinado durante a visita. A segunda fase do projeto deve transportar gases dos depósitos de Jamal – previamente destinados à Europa – através da Mongólia, mesmo que as autoridades chinesas pressionem por uma rota mais direta que evite o território da Mongólia.
Desde o início da guerra, a Rússia aumentou drasticamente sua dependência da China como destinatário de suas exportações de energia. No entanto, de acordo com “Bloomberg”, também com o total uso de infraestruturas existentes e futuras, Moscou poderia exportar apenas 98 bilhões de metros cúbicos de gás por ano para a China, em comparação com os 150 bilhões que ele enviou à Europa antes do conflito. Enquanto isso, a União Europeia anunciou ontem um plano para eliminar gradualmente todas as importações de gás russo até 2027, forçando as empresas de energia a tornar os contratos existentes transparentes. A Gazprom, a gigante da energia russa, prevê 2025-2034 um déficit orçamentário cumulativo de 15 mil bilhões de rublos (cerca de 179 bilhões de dólares), enquanto este ano as exportações para a Europa e a Turquia devem cair para 40 bilhões de metros cúbicos, contra os 200 bilhões do período antes do início do conflito na ucraniana.