Alessandra Verni, mãe de Pamela Mastropietro, a jovem romana assassinada em janeiro de 2018 em Macerata, também esteve presente no tribunal para ajudar e dar apoio à família da vítima.
O segundo julgamento de apelação pelo assassinato de Serena Mollicone, o jovem de 18 anos de Arce morto em 2001. Os réus do assassinato são Franco Mottola, ex-comandante da estação Arce carabinieri, seu filho Marco e sua esposa Annamaria. A decisão de ordenar um segundo recurso foi tomada pelos juízes da Cassação, que tinham anulado com adiamento para novo julgamento a sentença de absolvição dos arguidos, proferida pelo Tribunal de Recurso de Roma em 12 de julho de 2024 e que confirmou a sentença de primeira instância de 15 de julho de 2022. Durante a audiência desta manhã, o Ministério Público pediu para ouvir cerca de 50 testemunhas, incluindo consultores, e um novo relatório pericial sobre o buraco na porta interior o quartel do Município da província de Frosinone.
Em particular, o Ministério Público solicitou laudo pericial para verificar a compatibilidade do buraco encontrado na porta com o punho de Franco Mottola. Em primeira instância, o arguido “apenas fez declarações espontâneas em que disse ter provocado aquele buraco, alegando ter perfurado um prato”, afirmou o procurador na sala de audiências. Os pedidos também incluem ouvir o policial Gabriele Tersigni, nas palavras de Santino Tuzi, o brigadeiro que se suicidou em 2008, que, em depoimentos polêmicos, disse anos depois dos acontecimentos que no dia de seu desaparecimento a menina havia entrado no quartel. O Ministério Público também pediu a aquisição de interceptações de conversas entre Sónia da Fonseca, vizinho de uma mulher que teve um relacionamento com Tuzi e um soldado servindo em Arce. O Tribunal reservou-se até à próxima audiência, marcada para 19 de novembro, na qual será também definido um calendário, atualmente previsto para a primavera.
A irmã da vítima, Consuelo, e seu tio Antonio estiveram presentes no tribunal. “Os últimos 25 anos pesaram muito, mas não desistimos”, afirmou Consuelo Mollicone, no final da audiência. Depois, referindo-se ao pai, a irmã acrescentou: “Ele sempre nos disse para não desistir e buscar a verdade sobre o desaparecimento da minha irmã”. Também presente Maria Tuzi, filha do Brigadeiro Santino, segundo quem “a figura do meu pai é central, ele é importante neste julgamento, tanto que os advogados solicitaram diversas vezes a reunião de outras testemunhas que confirmem o que o meu pai disse.
Segundo o advogado do reclamante Sandro Salera, que ele defende Consuelo Mollicone, por parte da defesa da família Mottola, “há uma tendência para não querer ouvir o Marechal Tersigni e não adquirir a escuta telefónica de Da Fonseca quando, com absoluta clareza, nas últimas 20 linhas da argumentação do Supremo Tribunal, estas duas lacunas foram identificadas pelo Supremo Tribunal precisamente como motivos da nulidade da sentença do Tribunal de Recurso de Roma”. O advogado Francesco Maria Germani, que faz parte do grupo de defesa dos acusados, explicou que “somos fortes na nossa certeza: a total inocência dos Mottolas. A justiça na Itália é lenta mas chega e para os Mottolas já chegou duas vezes para nossa satisfação”.
Do lado de fora da Piazzale Clodio, por ocasião da audiência, foi pendurada uma faixa que dizia “Justiça para Serena, nunca mais histórias de violência comum”. Ele também esteve presente no tribunal para auxiliar e dar apoio à família da vítima. Alessandra Verni, mãe de Pâmela Mastropietro, a jovem romana morta em janeiro de 2018 em Macerata. Verni promoveu recentemente a criação de uma rede de associação entre famílias de vítimas de violência e feminicídio que visa dialogar com o Parlamento para penas mais rigorosas para homicídios. Entre o público também estavam algumas mulheres do Telefono rosa Frosinone, que usavam uma camiseta com os dizeres “Parem a violência contra as mulheres” escritas.