O presidente da Argélia, Tebboune, reiterou que a posição de Argel em política externa permanece inspirada pelos princípios da não interferência e pela recusa de operações unilaterais
O presidente argelino Texto abdelmadjid Ele revelou que a Argélia se recusou a participar de uma “operação militar” destinada a libertar o ex -presidente do Níger, Mohamed Bazoumdeposto no verão de 2023 por um golpe militar. “Houve uma proposta, mas dissemos que não. Nossa recusa levou ao cancelamento de toda a operação”, disse Tebboune durante uma entrevista na televisão que foi ao ar na noite entre sexta e sábado, retirada do jornal Líbia “Al Wasat”. Sem mencionar abertamente os gerentes do plano, o chefe de estado deu a entender que era a França. “Não direi quem planejou tudo, mas alguns pensam que foi a França”, disse Tebobaune, acrescentando que a intervenção previa uma ação militar direta no Níger para tentar libertar Bazoum, em prisão domiciliar por dois anos.
O presidente da Argélia reiterou que a posição de Argel na política externa permanece inspirada pelos princípios de não interferência e pela recusa de operações unilaterais. “Não intervimos no Mali, nem no Níger, nem na Líbia, nem em Burkina Faso, se não for o pedido oficial explícito”, explicou. “Nossas fronteiras estão protegidas e não temos problemas.” Durante a entrevista, Tebboune também renovou sua oposição à presença de forças mercenárias ao longo das fronteiras do país. “Dissemos claramente à Rússia que não aceitaremos a presença de mercenários à nossa fronteira sul”, disse ele, em referência implícita ao grupo Wagner, anteriormente ativo no Mali e no Níger. Ao rejeitar as acusações de isolamento internacional, Tebboune reivindicou a continuidade das relações com Washington, Moscou e Pequim, “com base nos princípios de nossa revolução e da política de não alinhamento”.