Confrontos e manobras perigosas entre navios filipinos e chineses ocorrem com frequência cada vez maior
Um navio chinês “abalroou deliberadamente” um navio do Departamento de Pesca das Filipinas ancorado perto de uma ilha disputada no Mar da China Meridional. O anúncio foi hoje feito pela Guarda Costeira de Manila, cujas acusações são, no entanto, rejeitadas por Pequim, que atribui “total responsabilidade” pela colisão às Filipinas.
De acordo com relatos das autoridades filipinas, uma unidade da Guarda Costeira chinesa “disparou um canhão de água” contra o BRP Datu Pagbuaya, um navio do Departamento de Pesca das Filipinas, às 9h15 desta manhã (hora local). “Três minutos depois, o mesmo navio chinês bateu deliberadamente na popa do navio filipino, causando pequenos danos estruturais, mas não causando feridos à tripulação”, disse um comunicado oficial.
De Pequim, o porta-voz da Guarda Costeira chinesa, Liu Dejun, disse que o incidente ocorreu porque o navio filipino “ignorou repetidos avisos severos do lado chinês e chegou perigosamente perto” do outro navio. “A total responsabilidade pelo incidente recai sobre o lado filipino”, disse Liu em um comunicado online. O episódio ocorreu perto da ilha de Thitu, parte do arquipélago Spratly, onde a China tenta há anos fortalecer as suas reivindicações de soberania. “Apesar destas ações agressivas e intimidadoras, não seremos assustados nem expulsos”, afirmou a Guarda Costeira filipina.
Confrontos e manobras perigosas entre navios filipinos e chineses estão a ocorrer com frequência crescente no Mar da China Meridional, que Pequim reivindica quase inteiramente, apesar de uma decisão internacional de 2016 de que tais reivindicações não têm base legal.