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‘Santiago Global’ debateu estratégias para o município de Santiago do Cacém

Escrito por em 8 de Maio, 2019

Decorreu no passado sábado (4 de maio), na Sociedade Harmonia em Santiago do Cacém, a 1.ª conferência “Estratégia para Santiago”, promovida pela plataforma “Santiago Global”.

A iniciativa, que segundo a organização, em comunicado, contou com a presença de “mais de uma centena de pessoas” debateu ao longo do dia “a estratégia de desenvolvimento da região de Santiago do Cacém”.

De acordo com os promotores, no primeiro painel, a conferência, deu a conhecer “alguns exemplos práticos da construção e implementação de “estratégias de desenvolvimento social e económico em outras geografias” e, num segundo painel, foram partilhados “exemplos concretos de pessoas que no concelho de Santiago do Cacém vencem as “dificuldades e os desafios do desenvolvimento das suas empresas e implementam e fazem crescer os seus projetos”.

No primeiro painel, Teresa Preta, do projeto ‘Territórios Criativos’, abordou o “efeito catalisador do desenvolvimento local, na criação de empresas e de empregos, mas também na dinamização de espaços disponíveis e mesmo degradados, que advém da criação e animação de incubadoras”. Por sua vez, Ramiro Gonçalves, secretário executivo da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega (CIAT), partilhou a experiência de problemas muito similares aos vividos no Alentejo Litoral.

“Há uma grande identidade entre o alto Tâmega e o Alentejo Litoral, são as duas regiões do país com menor cobertura de ensino superior em Portugal”, sublinhou.

A professora do ISCTE – Lisboa, Hélia Gonçalves Pereira, deu a conhecer aos presentes “a resposta da sua escola e dos seus alunos à tragédia dos incêndios em Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos, num exemplo inspirador do muito que pode surgir de uma aproximação da academia aos problemas concretos das populações”.

“Estes testemunhos permitiram à audiência conhecer e compreender o que é possível fazer para promover o empreendedorismo, e a capacidade de iniciativa e de energização, dos territórios mesmo nos contextos mais adversos e difíceis, experiências essas, com um forte potencial de replicação na nossa região”, adiantam os promotores.

No segundo painel, participaram quatro empreendedores da região que deram a conhecer os seus projectos e as principais dificuldades que enfrentaram no seu percurso, entre eles, o relato da vida do presidente do Conselho de Administração da Caixa Agrícola da Costa Azul, Jorge Nunes, sustentado no mantra : “Acreditar e Lutar”.

Já o empresário Stéphane Kerdilès, proprietário da empresa Jardim da Lagoa, recordou “a sua vinda para Portugal e de como houve que acreditar no seu projeto hortícola, que por 7 anos não atingiu o break-even, mas que, atualmente, produz, em 130 hectares, pequenos legumes e hortícolas que escoa para as principais grandes superfícies nacionais e para exportação”.

A proprietária do projeto familiar de turismo rural ‘Monte do Giestal’, Guida Silva, partilhou com o público “as suas incertezas quando abandonou o seu trabalho na Associação de Desenvolvimento Local (ADL) e abraçou um projecto familiar de turismo rural que hoje atrai muitas centenas de hóspedes anualmente à Cova do Gato, Abela”.

Por fim, Miguel Ângelo Nunes, da Destilaria Black Pig, premiada recentemente no ‘Frankfurt International Trophy’ e no ‘Virtus Awards 2019’, abordou os “desafios que teve que vencer, nomeadamente no demorado licenciamento da sua destilaria” e defendeu “a sua forte convicção de que necessitamos no nosso concelho de definir uma identidade que seja do Alentejo” e, a partir daí “orientar as nossas ações de forma concertada e orientada com a identidade definida”.

De acordo com os promotores, durante o debate, foram ainda identificadas algumas dificuldades, nomeadamente a existência de algumas ideias e iniciativa local, bem como fundos disponíveis no plano comunitário, mas que faltam projetos suficientemente sustentados que permitam conquistar algumas dessas verbas.

Concurso de Empreendedorismo 

Durante a conferência, decorreu a última fase do desafio “Ideias para Santiago”, um concurso de empreendedorismo promovido pela plataforma Santiago Global com o apoio da Cofidis e da Territórios Criativos. Neste âmbito, foi apresentada uma ideia de negócio por parte de dois jovens da Escola Secundária Manuel da Fonseca, tendo acolhido o interesse da audiência e do júri que lhe atribuiu o primeiro prémio no valor de 500 euros.

“O debate foi alargado a todos os presentes, tendo decorrido de forma rica e participada com propostas para o debate e construção de uma estratégia para a região”, concluíram.


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