A Bélgica opôs-se à medida durante a cimeira dos líderes da UE em outubro, o que levou o Conselho Europeu a retirar qualquer referência explícita ao empréstimo das conclusões finais
O apoio do Fundo Monetário Internacional à Ucrânia poderá ser prejudicado se a União Europeia não conseguir finalizar o empréstimo de 140 mil milhões de euros garantido por activos russos congelados, em grande parte detidos na Bélgica. O facto foi noticiado pela edição europeia do portal “Politico”, citando fontes comunitárias. Segundo responsáveis da Comissão Europeia e diplomatas de vários Estados-membros, a falta de acordo sobre a operação – contestada por Bruxelas por razões jurídicas e financeiras – poderá levar o FMI a bloquear novos empréstimos a Kiev, com o risco de minar a confiança na sustentabilidade económica do país.
A Bélgica opôs-se à medida durante a cimeira dos líderes da UE em Outubro, o que levou o Conselho Europeu a retirar qualquer referência explícita ao empréstimo das suas conclusões finais. O novo mecanismo, que fornece financiamento para reparações de guerra, é considerado essencial para garantir a continuidade da assistência do Fundo, que está a considerar um pacote de 8 mil milhões de dólares ao longo de três anos. A União Europeia, dizem as fontes, também garante ao FMI que Kiev não terá de reembolsar os fundos até ao final do conflito, sublinhando que o empréstimo só será devolvido a Moscovo se a guerra terminar e as reparações forem pagas à Ucrânia.