Investigadores sul-coreanos levaram o presidente sob custódia esta manhã Yoon Suk Yeoldemitido após ter sido iniciado um processo de “impeachment” contra ele por ter proclamado a lei marcial no mês passado, lançando o país numa gravíssima crise institucional. A informação foi noticiada pela agência de notícias “Yonhap”, acrescentando que a polícia levou o presidente para interrogatório. O Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão (CIO) disse que o mandado de prisão foi executado às 10h33, horário local.
Após a sua detenção, Yoon foi transferido para a sede do COI para interrogatório, no âmbito de uma investigação sobre insubordinação e abuso de poder, cuja legitimidade o presidente contesta. Yoon, que durante semanas ignorou repetidas convocações dos investigadores, e que no início deste mês resistiu a uma primeira tentativa de prendê-lo, com o apoio de centenas de soldados e agentes do serviço de segurança presidencial, disse através de seus advogados que decidiu dar aos pedidos dos investigadores “para evitar derramamento de sangue”. Segundo fontes investigativas citadas pela imprensa coreana, após o interrogatório o presidente será detido no Centro de Detenção de Seul, em Uiwang.
Grandes multidões se reuniram em frente à residência presidencial em Seul esta manhã para protestar a favor ou contra a prisão de Yoon. Os investigadores que entraram no complexo presidencial, cumprindo o segundo mandado de prisão contra o presidente depois de uma primeira tentativa de o levar sob custódia ter falhado no início deste mês, foram recebidos com aplausos e protestos. Dezenas de apoiadores de Yoon tentaram impedir a prisão deitando-se em frente à entrada do complexo presidencial. Outros gritavam o nome do presidente deposto. Os opositores do presidente, no entanto, responderam com aplausos estrondosos a qualquer progresso na execução do mandado de prisão.
