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Vereadores do PS criticam manutenção de taxas dos impostos municipais em 2023

Escrito por em 24 de Agosto, 2022

Os vereadores do PS na Câmara de Santiago do Cacém criticaram hoje a manutenção da taxa de participação do IRS nos 5% e de taxas relativas a outros impostos em 2023, considerando que a “CDU não apresenta nada de novo” no atual mandato.

Num comunicado enviado à rádio M24, os vereadores socialistas Artur Ceia e Susana Pádua, defendem que “querer desenvolver o concelho, ou dizer que o quer fazer são duas coisas muito diferentes”.

Os impostos municipais para 2023 foram aprovados, na última reunião de câmara, pela maioria da CDU, com dois votos contra do PS. O vereador do PSD absteve-se na votação do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) e votou contra as propostas de IRS e Derrama.

Para 2023, o executivo da CDU decidiu manter a taxa de participação no IRS nos 5%, assim como a derrama de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas e isentar os sujeitos passivos cujo volume de negócios no ano anterior não ultrapasse os 150 mil euros.

No próximo ano, o município decidiu reduzir o IMI de 0,34 para 0,33%.

O PS critica a manutenção da percentagem de devolução do IRS dos munícipes e da derrama para o próximo ano e lamenta “a inércia do executivo na tomada de medidas socialmente diferenciadoras” ao “não enveredar pelo IMI Familiar”.

“Contrariamente ao caminho que tem vindo a ser trilhado por outros concelhos, como Sines, Setúbal e Grândola, novamente o executivo decide por não enveredar pelo IMI Familiar, sabendo-se que este constituiria um alívio nos encargos anuais das famílias que têm que suportar este imposto”, lê-se na nota divulgada.

Para os vereadores eleitos pelo PS, estas medidas “socialmente diferenciadoras” podiam “ter algum efeito no rendimento líquido das famílias residentes no município” de Santiago do Cacém.

Também a decisão de manter inalterada a taxa de IRS nos 5% motivou as criticas dos socialistas, dando como exemplo os concelhos de “Alcácer do Sal, Odemira e Sines”, que “gradualmente, têm diminuído a referida percentagem com a consequente devolução aos munícipes da diferença”

“Não poderá o executivo aduzir a seu favor qualquer circunstância de natureza financeira, já que, como repetidamente refere, tem uma situação estável e, como temos visto, saldo orçamental significativo”, salientam.

E sugerem que “um ponto percentual”, fará “mais sentido”, numa altura em que “os cidadãos e as famílias vivem uma situação mais instável, podendo este ser um sinal de solidariedade social e fiscal”, defendem os socialistas.

No que respeita à derrama, o PS lamenta a opção do atual executivo de manter “a mesma receita de há anos” quando “outras autarquias vizinhas, como sejam, Odemira, Alcácer do Sal e Grândola, apresentam já taxas mais favoráveis às empresas, criando deste modo condições de atratividade superiores”.

Os socialistas concluem que a maioria comunista “não apresenta nada de novo, nenhum “golpe de asa”, sempre o mesmo e mais do mesmo”.

A proposta vai agora ser submetida à Assembleia Municipal de Santiago do Cacém.


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