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Secretário de Estado da Energia diz que projeto de hidrogénio vai criar mais de mil postos de trabalho

Escrito por em 7 de Março, 2020

O secretário de Estado da Energia, João Galamba, disse hoje que o projeto de instalação de uma fábrica de hidrogénio verde em Sines, no distrito de Setúbal, no âmbito da transição energética, vai implicar a criação de mais de mil postos de trabalho até 2030.

“A transição energética no Complexo de Sines não implicará uma redução líquida do número de postos de trabalho, mas um aumento do número líquido de postos de trabalho. O projeto do hidrogénio é uma grande oportunidade industrial e de emprego para o país e o saldo é claramente positivo que implicará a criação de mais de mil postos de trabalho”, afirmou.

O governante falava hoje em Sines, no decorrer do Fórum Social, iniciativa promovida pelo Sindicato das Indústrias Energias Serviços e Águas de Portugal (SIEAP), para debater o encerramento da Central Termoelétrica de Sines e as consequências sociais e económicas para a região do litoral alentejano.

No encontro, que contou com a participação dos autarcas dos concelhos de Sines e Santiago do Cacém, dirigentes sindicais e do diretor da central de Sines da EDP, o secretário de Estado da Energia adiantou que o Governo está a trabalhar em duas áreas para minimizar o impacto social provocado pelo encerramento da produção da central termoelétrica em 2023.

Nesse sentido, durante o fórum, que se realizou no Centro de Artes de Sines, foi assinado um protocolo entre o Fundo Ambiental e o Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), com um montante de 100 mil euros, para a realização de um estudo de requalificação profissional dos trabalhadores das centrais a carvão do Pego e de Sines.

À margem do encontro, o governante reforçou que estas iniciativas “servem para mostrar aos trabalhadores que hoje têm uma incerteza em relação ao seu futuro que o Governo está a trabalhar para trazer investimentos muito significativos a esta região que permitirão mostrar que a transição energética pode ser uma oportunidade e não uma ameaça”.

Reconhecendo que “estas oportunidades” não chegarão “a todos” os trabalhadores da central termoelétrica de Sines, por se encontrarem “em situações de pré-reforma ou até de reforma”, o governante adiantou que as medidas irão beneficiar “os trabalhadores mais novos”.

“Para aqueles que sejam mais novos e para quem o futuro profissional não acabará com esta central poderão continuar a imaginar a sua vida em Sines, no setor da energia, que terá muitas oportunidades e que estamos a trabalhar para, na medida do possível, integrar a maioria dos trabalhadores nesses novos investimentos”, garantiu.

O encerramento da produção da central termoelétrica de Sines, previsto para 2023, abrangerá um universo de 500 trabalhadores, entre trabalhadores diretos e indiretos.

Ainda de acordo com o governante, o projeto para a instalação de uma unidade industrial de transformação de hidrogénio verde, em Sines, terá início em 2021, estando previsto “o início da produção” em 2022.

“O que está planeado é que o projeto se inicie em 2021 e, em 2022, em princípio, já haverá produção de hidrogénio em Sines, obviamente, ainda numa escala que será diferente daquela que se perspetiva para 2030 porque é um projeto por fase”, avançou.

Uma das dimensões do projeto, adiantou, “passa por uma parceria com o Governo da Holanda e terá uma vertente de exportação significativa, sendo uma oportunidade para o porto de Sines se requalificar e se dotar de um conjunto de infraestruturas ou converter algumas que já existem para que Sines seja um grande ‘hub’ de produção e de exportação de hidrogénio”.

Frisando que a transição energética é “uma oportunidade económica e industrial para o país, João Galamba, adianta que, neste contexto, Sines “vai ser um exemplo a nível nacional e, sobretudo, um exemplo para a Europa”.

“Numa altura em que há muitos países que olham com desconfiança, Portugal, olha com otimismo e tem oportunidade de mostrar a outros países europeus que a transição energética pode ser uma oportunidade importante de reconversão industrial”, concluiu.


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