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Regantes de Campilhas avançam com estudos para reforçar abastecimento de água

Escrito por em 18 de Abril, 2024

A Associação de Regantes e Beneficiários de Campilhas e Alto Sado (ARBCAS) assina, esta sexta-feira, contratos para a elaboração de dois projetos, no valor de 836 mil euros, que visam o reforço de água à barragem de Campilhas e a modernização do bloco de rega de Alvalade.

Imagem de Arquivo

De acordo com Rui Batista, presidente da ARBCAS, o primeiro projeto “prevê, em principio, a ligação da água de Alqueva até à barragem de Campilhas” e, o segundo projeto, “é para a modernização da rede de rega na zona de Alvalade”, no concelho de Santiago do Cacém.

“São dois projetos que visam melhorar a disponibilidade [de água] nesta zona tão afetada pela seca”, explicou o responsável.

No seu entender, a “ligação a Campilhas” representa “um marco” para este território, uma vez que esta albufeira “precisa muitíssimo de ter uma fonte adicional de água” e “é uma barragem muito afetada pelas alterações climáticas”.

“Estivemos dois, três anos sem regar porque aquela zona de Campilhas está a ser muito fustigada pela falta de água e esta ligação a Alqueva seria uma mudança muito grande, não só nas condições de rega como nas condições de desenvolvimento de toda esta região”, considerou.

Além da “ligação à barragem de Alqueva”, o responsável revelou que o projeto para o reforço de água à albufeira de Campilhas vai também estudar “outras possibilidades”.

Entre elas, “algumas afluências do Sado” ou a possível construção de “uma dessalinizadora em Sines”, exemplificou.

Segundo a ARBCAS, em comunicado, estes projetos de execução, “resultam de numa candidatura ao PDR2020-medida 3.4.2, representando um investimento de 836.700 euros, financiados a 95%” e inserem-se “na ação e dinâmica necessária para combate às alterações climáticas”.

Este plano visa “por um lado aumentar a resiliência dos sistemas existentes com o reforço do abastecimento de água através de novas origens, neste caso através da ligação de Alqueva à albufeira de Campilhas”.

Por outro, irá “melhorar a eficiência dos sistemas de distribuição de água existentes, passando [de] sistemas de rega por gravidade, a céu aberto, para sistemas de rega em pressão, aumentando a eficiência e reduzindo as perdas de água em 2.000 ha [hectares]”, referiu.

O presidente da associação de beneficiários precisou ainda que os projetos de execução “estarão concluídos dentro de um ano“, mas que as obras vão depender de financiamento comunitário.

“Vamos avançar com os projetos de execução”, que “estarão concluídos dentro de um ano“, e depois “ficaremos dependentes da abertura de candidaturas aos programas de financiamento” para “passarmos, eventualmente, à fase de obra”, concluiu.


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