Entrevista:”Transportamos almoços e fichas escolares para crianças na zona rural”, diz presidente da Junta de Freguesia de Cercal do Alentejo
Escrito por Helga Nobre em 11 de Maio, 2020
O presidente da Junta de Freguesia de Cercal do Alentejo estima que o número de pessoas a necessitar de ajuda poderá aumentar, devido à pandemia de covid-19.
“Criámos um plano de apoio a idosos,doentes sem família, desempregados e pessoas carenciadas a quem fornecemos cabazes alimentares e entregamos medicamentos que levantamos na farmácia. Estou convencido que daqui para a frente mais pessoas carenciadas vão necessitar [deste apoio]”, explicou à rádio M24 o presidente da Junta de Freguesia de Cercal do Alentejo, António Albino.
Desde o início da pandemia já foram desencadeados alguns processos para apoio do rendimento social de inserção, cedência de uma habitação, refeições e entrega de cabazes “em parceria com algumas superfícies comerciais” que complementam “os produtos que a Casa do Povo fornece através do Banco Alimentar”.
“Transportamos almoços para crianças das zonas rurais que necessitam desse apoio, assim como as fichas escolares, para garantir o ensino à distância”, acrescentou o autarca.
Na zona rural, adiantou, “as pessoas que têm a sua horta e os animais, precisam mais dos medicamentos e o transporte porque precisam de fazer compras e de levantar a sua reforma. Ainda hoje ensinei uma pessoa a colocar a máscara, porque não sabia”, relatou.
Com a fase de desconfinamento, os serviços da Junta de Freguesia de Cercal do Alentejo, instalaram meios que permitem minimizar os riscos para os funcionários e munícipes, como uma proteção em acrílico nos balcões de atendimento, uso obrigatório de máscara e viseira e gel desinfetante.
“Quando as pessoas podem tratar dos seus assuntos por via digital, enviam os documentos por mail, e levantam nos nossos serviços e por vezes faço eu mesmo essa entrega para evitar que se desloquem”, explicou.
A pandemia obrigou também ao encerramento de alguns equipamentos como o cemitério e os balneários e casas de banho públicos, “que são limpos com regularidade”.
Com a reabertura do comércio local, António Albino, diz esperar “que as coisas não piorem” e alerta para a necessidade “de se manter o distanciamento social” e cumprir as normas das autoridades de saúde.
“Se as coisas continuarem a correr da forma como estão a correr penso que não haverá problema”, sublinhou o autarca que já adquiriu máscaras para “distribuir por quem mais precisa”.