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Autarca revela que Santiago do Cacém tem “161 famílias” com habitação precária

Escrito por em 8 de Abril, 2022

O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, revelou hoje que foram identificadas 161 famílias com habitação precária no concelho, tendo já sido apresentada uma proposta “informal” ao Instituto de Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH).

“O diagnóstico aponta para 161 famílias e é para estas famílias que estamos a trabalhar e que apresentamos uma propostas concreta”, embora ainda “informal” ao IHRU, “para que haja uma avaliação prévia antes de [a] levarmos aos órgãos municipais”, disse o autarca, em declarações à rádio M24.

A proposta foi apresentada “a semana passada” e será ainda avaliada “numa nova reunião” com os responsáveis do IHRU “para afinar o documento final” e só depois será apresentado e discutido na câmara e assembleia municipal “para ser entregue ao IHRU”, indicou.

“Estamos falar de situações em todas as freguesias” do concelho de Santiago do Cacém, sendo “as maiores e urbanas”, aquelas que apresentam “mais problemas”, nomeadamente Santo André e Santiago do Cacém.

“De uma forma geral existem situações em todas as freguesias e o que procuramos”, no âmbito do 1.º Direito, aproveitar as verbas disponibilizadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para “tentar resolver os problemas na sua totalidade”.

A Câmara de Santiago do Cacém “tem, desde há muitos anos, bolsas de terrenos, que não estão infraestruturados, porque custarão muito dinheiro, assim como a construção de habitação, e por isso através destes fundos do PRR, aparentemente o Governo tem dito que há dinheiro de vários milhões de euros para investir nesta área, é aquilo que procuraremos fazer”.

“Se calhar não conseguimos resolver o problema na totalidade, apesar de ser esse o nosso objetivo, mas se conseguirmos resolver grande parte já será um passo importante”, ressalvou o autarca, que espera ter este processo definido “até ao final deste semestre”.

Questionado sobre as propostas apresentadas pelos vereadores do PS, em reunião de câmara, para a Estratégia Local de Habitação, o autarca lembrou que o ato eleitoral, do passado mês de outubro, ditou a vitória à CDU a quem compete “a gestão da autarquia”.

“Temos sido confrontados já por diversas vezes com propostas concretas, do ponto de vista executivo, aparentando ser o PS que governa a câmara, com o objetivo de condicionar a gestão da própria autarquia”, condenou.

Para o autarca, a questão da habitação é não só “uma matéria bastante sensível”, como “um dos problemas do país e, em particular, da região”.

“Sendo o Governo do PS ainda não vi até agora nenhuma proposta concreta do PS de Santiago do Cacém junto do Governo para tentar resolver um problema que, em primeiro lugar não é das câmaras municipais, mas do poder central”, frisou.

A proposta foi rejeitada pelos eleitos da CDU porque “a câmara não pode votar” um documento que “não foi previamente estudado, amadurecido, com implicações técnicas, financeiras e de recursos que poderia condicionar o futuro”, justificou.

 

 


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