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Autarca defende que planeamento é a chave para prevenir potenciais acidentes industriais graves

Escrito por em 2 de Fevereiro, 2024

O vereador com o pelouro da Proteção Civil na Câmara Municipal de Sines, José Manuel Arsénio, defendeu hoje que o planeamento é a chave para prevenir potenciais acidentes industriais graves e alertou para a necessidade de ser feita uma avaliação da perigosidade tendo em conta os novos investimentos previstos para este concelho.

“É muito importante e nós temo-lo feito, em conjunto, com as empresas. Há uma articulação muito boa das empresas com o município, estamos a trabalhar no planeamento e continuar a programar tudo aquilo que é a melhoria que é necessário fazer. Sabemos que o trabalho nunca está todo feito, mas é necessário continuar a trabalhar para as melhorias necessárias”, afirmou.

O responsável falava aos jornalistas à margem do ‘workshop’ sobre “Riscos Tecnológicos – Indústrias Seveso” que decorreu hoje em Sines, organizado pelos comandos Regional do Alentejo e Sub-regional do Alentejo Litoral da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

A iniciativa, que teve lugar no auditório da Administração do Porto de Sines, está relacionada com a Diretiva Seveso III (Diretiva 2012/18 da União Europeia), quer ao nível da prevenção e do planeamento, quer da intervenção operacional em acidentes industriais graves.

À rádio M24, o autarca avançou que no município de Sines existem 14 unidades industriais classificadas no nível superior de perigosidade.

“É um número muito grande porque no distrito [de Setúbal] temos 34 e só em Sines temos 14 e das mais perigosas do distrito. É uma realidade que temos um concelho diferente, por via do Complexo Industrial, não podemos ignorá-lo, mas também temos de trabalhar no sentido de proteger as populações e todos os que trabalham e habitam no concelho de Sines e nos concelhos limítrofes”, referiu.

Com os novos investimentos previstos, o número de unidades abrangidas pela Diretiva Seveso “têm tendência para aumentar”, desde “que reunidas as condições necessárias”, advertiu.

Em relação à proximidade às populações, o responsável frisou que “podem estar descansadas” tendo em conta o histórico da região que tem convivido paredes meias com o complexo industrial de Sines.

“Penso que a população pode estar tranquila porque o histórico diz-nos isso. E sabendo agora as preocupações das empresas e aquilo que é a sua motivação em termos de segurança a população pode estar tranquila porque vai continuar a haver trabalho, mas em segurança”, concluiu.

A Diretiva Seveso é assim designada devido à catástrofe que ocorreu em 1976, em Seveso (Itália), motivando a então Comunidade Europeia a adotar uma política comum em matéria de prevenção e controlo dos riscos de acidentes industriais graves.


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