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Autarca de Santiago do Cacém quer do novo Governo “políticas públicas de incentivo” à agricultura

Escrito por em 9 de Maio, 2024

O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, defendeu um reforço das politicas públicas de incentivo à agricultura para fazer face às dificuldades que o setor atravessa e disse esperar muito mais do novo ministro que tutela a pasta.

“Temos absoluta consciência que o concelho de Santiago do Cacém tem, dentro da sua área económica, o setor primário como muito relevante, principalmente no interior do concelho, e por isso há que haver politícas públicas de incentivo a este setor”, defendeu.

O autarca falava aos jornalistas à margem da conferência de imprensa de apresentação da 36.ª edição da Feira Agrícola e do Cavalo – Santiagro que se realiza, entre 30 de maio e 02 de junho, em Santiago do Cacém.

“São muitas famílias que vivem da agricultura, da pecuária e da floresta e por isso espero que este novo Governo, em particular, este novo ministro [da agricultura] tenha uma perspetiva muito diferente daquela que foi a da ministra anterior, que já não está cá, felizmente, porque não teve a mínima sensibilidade para este problema. Foi várias vezes convidada a vir cá e nunca veio”, afirmou.

Apesar das chuvas dos últimos meses que aliviaram os níveis críticos das barragens da região, o autarca lembrou que este território continua a ser ensombrado pela seca e que “o setor agrícola depende muito do regadio”.

“As barragens não têm a cota tão baixa como tinham o ano passado, mas mesmo assim Campilhas não está a 50% e basta haver um ano ou dois de seca e voltamos a ter o problema, quando temos um setor agrícola que depende muito do regadio”, desde as culturas permanentes, como o olival, às sazonais, como o arroz e o tomate, frisou.

No seu entender, “mais do que politicas de incentivo”, o novo ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, tem de “ouvir o setor”.

“E é isso que não sentimos por parte da administração central, mais do Governo anterior, que é ouvir estas pessoas que têm muito para dizer, não numa perspetiva de queixinhas, mas para se construir em conjunto soluções que nos possam ajudar, e ajudar os agricultores é ajudar a economia local e regional”, acrescentou.

Durante a Santiagro será debatido o futuro do arroz, num colóquio organizado pela Caixa Agrícola da Costa Azul, no dia 31, que se irá debruçar sobre pesquisa, ciência e inovação, produção e novas práticas agrícolas, a questão da água e o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).


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