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Agricultores cortam IC1 na zona da Mimosa em protesto (c/ áudio)

Escrito por em 1 de Fevereiro, 2024

O Itinerário Complementar (IC) 1, na zona da Mimosa, entre Ermidas-Sado e Alvalade, no concelho de Santiago do Cacém, está cortado ao trânsito devido ao protesto dos agricultores que hoje reclamam, de norte a sul do país, pela valorização do setor e condições justas.

 

A via está cortada nos dois sentidos desde as 11:00 desta quinta-feira, num protesto que surgiu de forma espontânea e que reúne cerca de 70 tratores e outros veículos agrícolas oriundos dos concelhos de Odemira e Ourique que se deslocaram até à zona da Mimosa, numa marcha lenta, explicou à rádio M24 Diogo Brito Paes, do Movimento Civil de Agricultores.

“O trânsito está cortado desde as 11:00. Os agricultores juntaram-se antes, numa herdade em Ourique, e vieram em marcha lenta pelo IC1 até à zona da Mimosa” onde se procedeu ao corte da via.

De acordo com o porta-voz, o trânsito foi cortado numa das zonas do IC1 “por alguns carros”, mas a GNR “está a fazer o seu trabalho” do “antes do corte está a mobilizar o trânsito para algumas estradas secundárias”.

“É de notar que não são só agricultores, todo o setor se uniu. Temos aqui desde prestadores de serviços, como pessoas ligadas ao negócio da pecuária do que percebem perfeitamente os pontos dos agricultores”.

No seu entender, as “ajudas foram cortadas numa total falta de respeito pelos agricultores”.

“As candidaturas foram feitas quase há um ano, por isso o Ministério [da Agricultura] tinha todas as informações necessárias na sua posse para avisar antecipadamente. Além disso, estamos num quadro mundial de transição energética e os cortes são feitos exatamente na transição energética”.

Os agricultores “aderiram em massa a essa transição energética e quando o fazem houve cortes exatamente nessas medidas”, criticou.

Questionado sobre o anuncio do Governo, um dia antes do protesto, com um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), Diogo Brito Paes disse que os agricultores “estão fartos de anúncios”.

“De anúncios estamos fartos há oito anos, ou seja o que se passa é que os anúncios são consecutivamente feitos, o quadro comunitário da PAC foi muito mal negociado, deveria ser negociado novamente do a ministra [da Agricultura] promete muito, mas cumpre pouco”, argumentou.

O grupo de agricultores diz que o protesto vai manter-se “até que seja efetivada essa reposição”.


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