3.ª edição da Festa do Livro consolida importância da literatura em Santiago do Cacém
Escrito por Helga Nobre em 22 de Junho, 2024
A 3.ª edição da Festa do Livro, que arrancou esta sexta-feira, em Santiago do Cacém, vem consolidar a importância deste evento cultural que reúne dezenas de atividades em torno do livro e da leitura, defenderam os promotores.
“A 1.ª edição foi uma pedrada no escuro, chegamos ao fim da festa e verificamos que foi um êxito do deu-nos força para ir para a segunda e deu-nos forças para ir para a terceira edição. Pelo que verificámos, este ano, temos condições para pensar já na quarta edição”, sublinhou o presidente da Fundação Caixa Agrícola Costa Azul, Jorge Nunes.
Em declarações à rádio M24, à margem da inauguração da festa, esta sexta-feira, o responsável reforçou a sua ideia de tornar Santiago do Cacém “na cidade da cultura” deste território.
“Gostaríamos que este evento contribuísse para que Santiago do Cacém seja a cidade da cultura do litoral alentejano. E penso que é isso que se está a conseguir e, como sou otimista, penso que isso está a acontecer”, defendeu.
Para Jorge Nunes, o maior agradecimento que se pode dar a quem trabalhou nas últimas semanas “é virem ver a Festa do Livro”, além de “virem obter uma dose de cultura dos livros e dos trabalhos que estão expostos”.
Otimista em relação a mais uma edição da Festa do Livro está também o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, que espera muita adesão da população às atividades que têm como “principal ator o livro”.
“Mas depois também temos outros atores que são os autores, os livreiros, os editores, os artistas, porque também vamos ter espetáculos de música e, naturalmente, que esta parceria entre a fundação e o município permite ter aqui um evento cultural de grande dimensão”, frisou.
E lembrou que o evento, que “promove e valoriza a cultural local e nacional”, realiza-se num concelho que se orgulha “em ter um dos grande escritores portugueses, Manuel da Fonseca”.
A dinamização do centro histórico, através deste evento, é “outro dos aspetos considerados importantes”, reforçou o autarca.
“Esperemos que esta Festa do Livro possa servir para promover o centro histórico, que possa atrair mais pessoas, que essas pessoas possam atrair novos investimentos e novas oportunidades”, considerou.
Questionado sobre a possibilidade de tornar Santiago do Cacém numa cidade cultural, o autarca defendeu que a “oferta cultural” do concelho permite-lhe já ter esse estatuto.
“Já temos uma oferta cultural brutal, alguma já com média grande dimensão, mas que está disseminada por todo o concelho e não apenas na sede do concelho. Todos os fins de semana temos inúmeras iniciativas de teatro, de música e recreativa e temos investido nos equipamentos culturais que é importante para promover a cultura e, nesse sentido, penso que o concelho de Santiago do Cacém afirma-se como sendo o município mais cultural do litoral alentejano”, concluiu.
O evento, organizado pela Fundação Caixa Agrícola Costa Azul em parceria com mais de 30 entidades do concelho, pretende celebrar o livro e conta, este ano, com a participação de Rouxinol Faduncho e dos escritores João Tordo, Susana Amaro Velho e David Machado.
Nesta edição, a festa do livro, coorganizada com a Câmara de Santiago do Cacém, tem como tema “A Nossa Essência” e, durante os três dias, haverá conversas com escritores, sessões de autógrafos, apresentações de livros, contadores de histórias, uma feira do livro, uma alameda de escritores, oficinas criativas e uma biblioteca itinerante.
Espetáculos de música e teatro, oficinas de ‘biblioterapia’ e de ioga, leituras, decoração e animação de rua e a entrega da 2.ª edição do Prémio Alda Guerreiro são outras das iniciativas.