Sines concentra-se pelo clima na próxima sexta-feira
Escrito por Helga Nobre em 25 de Setembro, 2019
O Núcleo da Greve Climática Estudantil do Alentejo Litoral e o Alentejo Litoral pelo Ambiente (ALA), vão organizar, na próxima sexta-feira, 27 de setembro, uma concentração no Jardim das Descobertas, a partir das 17:00, no âmbito da Greve Climática Global.

Respondendo ao apelo internacional para a realização de uma Greve Geral pelo Clima, na próxima sexta-feira, os promotores, pretendem alertar para os desafios das alterações climáticas e o seu impacto em todo o planeta, defendendo “uma gigantesca transformação na próxima década”, com o corte de 50 por cento das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.
“Ao desafio global de cortar para metade as emissões de gases com efeito de estufa, acrescem os desafios nacionais e locais, que dão forma aos protestos e campanhas mais focadas e concretas”, referem num manifesto onde exigem “uma transição justa que garanta a neutralidade de carbono em Portugal até ao ano de 2030”.
Para os promotores da concentração, é urgente “encerrar as centrais termoelétricas de Sines e do Pego já na próxima legislatura e preparar o encerramento das centrais de ciclo combinado antes de 2030” e “acabar com as concessões petrolíferas e de gás ainda existentes em Portugal e revogar a legislação que permite o lançamento de novas concessões de petróleo e gás no país”.
Defendem ainda, entre outros, a proibição da “importação de gás natural obtido por fraturação hidráulica”, o travão a “qualquer expansão do sistema de receção, armazenamento e transportes de gás natural” e o cancelamento de “quaisquer grandes projetos que acarretem um garantido aumento das emissões de gases com efeito de estufa, nomeadamente as expansões portuárias e aeroportuárias”.
Após a concentração, às 21:30, na Cafetaria do Castelo de Sines, o ALA, exibe o filme O Plano (2018 | 30 minutos), de Steve Prung, que será seguido de debate.
O filme retrata o processo de criação e desenvolvimento do Plano Lucas que foi elaborado pelos trabalhadores da fábrica de armamento Lucas Aerospace que, na década de 70, se propuseram fazer a reconversão da empresa para salvar os seus empregos. O Plano propunha o aproveitamento da tecnologia instalada e do conhecimento técnico e científico dos trabalhadores para a produção de produtos socialmente úteis e sustentáveis.