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Santiago do Cacém acolhe espetáculo de malabarismo poético “A Grande Errância”

Escrito por em 29 de Outubro, 2021

Uma performance de “malabarismo poético”, que arrancou no concelho algarvio de Monchique (Faro), termina no sábado no município de Santiago do Cacém, após três semanas a percorrer caminhos rurais e trilhos da Rota Vicentina.

“A Grande Errância” é um espetáculo da companhia francesa Collectif Protocole e está a ser promovido no âmbito do projeto “Lavrar o Mira e a Lagoa – As Artes Além Tejo”, dinamizado pela cooperativa cultural Lavrar o Mar.

A performance arrancou a 09 de outubro, em Monchique, e percorreu dezenas de quilómetros até Aljezur (Faro) e Odemira (Beja).

A “grande chegada” está prevista para sábado, às 16:00, no Parque Verde da Quinta do Chafariz, em Santiago do Cacém.

O espetáculo é protagonizado pelos malabaristas Paul Cretin-Sombardier, Thomas Dequidt, Sylvain Pascal, Valentina Santori, Pietro Selva Bonino e Johan Swartvagher, que têm andado em “errâncias malabarizadas” pelo território da costa vicentina e litoral alentejano.

“Durante este tempo, o/a malabarista partilha o que aprendeu, o que pensou, o que ensaiou e criou com todas as pessoas que se cruzarem no seu percurso, como um diário de viagem performativo que é oferecido a quem o encontrar”, explicou a Câmara de Santiago do Cacém, em comunicado enviado à agência Lusa.

De acordo com o diretor artístico da cooperativa Lavrar o Mar, Giacomo Scalisi, os malabaristas do Collectif Protocolo “reinventaram uma maneira de fazer malabarismo, que sai dos ‘chapitôs’ e dos espetáculos de salas e vai explorar um território”.

Em declarações à Lusa, este responsável acrescentou que “A Grande Errância” parte da “ideia de encontrar as pessoas e a cultura no território”, tendo contado com a colaboração de arquitetos, fotógrafos, bailarinos e atores, entre outros agentes locais.

“Convidámos pessoas que achámos que era interessante os malabaristas conhecerem e que também tinham alguma coisa importante a dizer sobre este território”, justificou Giacomo Scalisi.

“A Grande Errância” faz parte da programação do “Lavrar o Mira e a Lagoa – As Artes Além Tejo”, projeto que visa levar aos concelhos de Odemira e de Santiago do Cacém uma programação cultural regular com espetáculos de dança, música, teatro ou novo circo, entre outros.

A iniciativa é financiada pelas câmaras municipais de Odemira e de Santiago do Cacém e pelos programas operacionais Alentejo 2020 e Compete 2020, incluindo ainda os espetáculos “Bowing”, “Não” e “Campana”.

O primeiro é uma criação de Madalena Victorino e é apresentado em São Teotónio, no concelho de Odemira, nos dias 12, 13 e 14 de novembro, sempre às 19:00.

Trata-se de um espetáculo de música, dança, vídeo e palavra inspirado nas tradições da Índia, Nepal, Bangladesh e nas “outras culturas asiáticas que habitam as ruas de São Teotónio”.

Por sua vez, “Não” é uma peça de teatro assinada pelo próprio Giacomo Scalisi, a partir de textos originais e do “diálogo” com o escritor Afonso Cruz, que pretende falar aos mais novos “sobre a importância de se poder pensar em liberdade”.

Este espetáculo “aborda a ideia de como uma sociedade pode viver em liberdade sem ódio, sem criar monstros, antagonismos ou ditaduras e sem pessoas que são oprimidas”, explicou Scalisi, adiantando que a dramaturgia “cruza-se” em palco com a música e o canto polifónico.

Depois de já ter passado por várias escolas de Odemira, “Não” é apresentado esta segunda-feira, pelas 16:00, no Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém.

A programação do “Lavrar o Mira e a Lagoa” inclui igualmente a apresentação do espetáculo de novo circo “Campana”, pela companhia francesa “Trottola”, em Odemira, nos dias 11 e 12 e 18 e 19 de dezembro, e em Monchique, de 26 de dezembro a 02 de janeiro.


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