PSD acusa autarquias e MAI de “falharem em toda a linha” na preparação da votação antecipada

A Comissão Política Distrital de Setúbal do PSD acusou hoje os municípios da região e o Ministério da Administração Interna de “falharem no processo eleitoral de votação antecipada” para as eleições presidenciais.

“Aqueles que são os responsáveis pelo processo eleitoral, numa altura de especial importância e responsabilidade para com os cidadãos, deram um péssimo exemplo, quando se exigia organização, celeridade e capacidade de resposta”, defendeu o presidente da distrital social- democrata, Paulo Ribeiro, citado num comunicado enviado à rádio M24.

Para Paulo Ribeiro, “apesar de o número de votantes ser conhecido com antecedência, ficou claro que as autoridades não conseguiram responder ao próprio  repto que lançaram à população, não disponibilizando meios, que evitassem as extensas filas que se formaram diante das insuficientes seções eleitorais.”

O dirigente do PSD lamenta que “quem tinha o dever fundamental de garantir o direito ao voto em segurança, tenha falhado” e espera que no próximo domingo, 24 de janeiro, as autoridades, Governo, Câmara Municipais e Juntas de Freguesia do distrito de Setúbal, “tenham uma resposta bem melhor, caso contrário será o caos completo”.

Com um número recorde de inscritos, as autoridades eleitorais anteciparam a votação por causa da pandemia do coronavírus, com o objetivo de evitar uma forte afluência na data do primeiro turno.

Este tipo de voto antecipado já existe há vários anos no país, mas nestas eleições essa possibilidade foi ampliada devido à pandemia. Foram tomadas várias medidas para garantir a segurança do voto em mobilidade.

Os doentes com a covid-19 ou pessoas em isolamento profilático puderam solicitar o voto no domicílio, assim como idosos em casas de repouso. As inscrições aconteceram de 10 a 14 de janeiro, e o interesse dos portugueses foi quase cinco vezes superior ao das eleições passadas.