PS de Santiago do Cacém garante que retirada de confiança política a vereadora respeitou procedimentos
Escrito por Helga Nobre em 9 de Setembro, 2024
O PS de Santiago do Cacém garantiu hoje que a retirada de confiança política à vereadora socialista na câmara, Susana Pádua, contestada num manifesto com dezenas de signatários, “é um ato político” que respeitou os procedimentos adotados em “outros casos semelhantes”.
“A retirada da confiança política da vereadora Susana Pádua é um ato político e seguiu o procedimento habitual em outros casos semelhantes”, explicou o presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Santiago do Cacém, Rodrigo Charrua.
Num manifesto “pela transparência e solidariedade”, subscrito por autarcas, militantes e simpatizantes do PS de Santiago do Cacém, é pedido para que seja “revertida a retirada de confiança política” à vereadora Susana Pádua.
Num esclarecimento por escrito, com oito pontos, o presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Santiago do Cacém, Rodrigo Charrua, referiu que na reunião daquela estrutura partidária “estiveram presentes 25 elementos efetivos, tendo sido seguida a ordem pela qual foram eleitos”.
“Atendendo a que existe um total de 37 elementos efetivos e existiam 25 elementos efetivos presentes, é manifesta a existência de quórum. Na sequência de diversos efetivos terem pedido substituição encontravam-se igualmente presentes quatro elementos suplentes, conforme decorre dos estatutos do PS. Alguns desses elementos suplentes nem participaram na votação da retirada da confiança política, visto terem entretanto saído da reunião”, sublinhou.
De acordo com a comissão política, após a apresentação da proposta de retirada da confiança política, que “foi aprovada por 88% dos presentes com direito de voto” na reunião, “existiram inscrições para usar da palavra, tendo sido possível a intervenção da camarada Susana Pádua, algo que fez”.
O PS de Santiago do Cacém manifestou “total disponibilidade para esclarecer a Comissão de Jurisdição” e, além de registar “com profundo incómodo os ataques que têm vindo a ser realizados nas redes sociais, lembrou que nas eleições internas do partido “não foi apresentada qualquer lista alternativa àquela que venceu democraticamente” o ato eleitoral.
Na última semana, três dos quatro eleitos do PS na Assembleia da União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartomoleu da Serra, Ricardo Cruz, Mário Ciríaco e Ana Bernardino renunciaram ao mandato, alegando “quebra irreversível de confiança” na comissão política do PS.
Nas eleições autárquicas de 2021, o PS elegeu Susana Pádua e Artur Ceia como vereadores. No passado mês de junho, Artur Ceia renunciou ao mandato, invocando motivos pessoais, mas também políticos devido a “divergências” com a concelhia, tendo sido substituído por Tiago Lopes.