Presidente da Câmara de Alcácer do Sal acusa Governo de falta de respostas para enfrentar a seca mas o Ministro da Agricultura já lamentou declarações do autarca
Escrito por Edna Nobre em 1 de Abril, 2019
O presidente da Câmara de Alcácer do Sal criticou o Governo pela falta de respostas para enfrentar a seca na bacia hidrográfica do Sado, mas o Ministério da Agricultura já veio lamentar as declarações do autarca.
Vítor Proença diz que a situação é extraordinariamente preocupante devido aos baixos níveis das albufeiras da região e acusou o Governo de “não tomar as medidas suficientes para resolver este problema ou para atenuar as consequências das alterações climáticas”.
Com os níveis da albufeira de Pego do Altar, em Alcácer do Sal abaixo dos 50%, e perante esta “dura realidade”, o autarca comunista, reclama “medidas e ações”, porque, segundo diz, “se não chover, não há resposta” para enfrentar os efeitos da seca.
O autarca recorda que o ano passado, para atenuar os efeitos da seca que atinge a bacia hidrográfica do rio Sado, foi constituído um grupo de trabalho “que só recentemente entrou em funcionamento”.
O grupo de trabalho defende “a ligação da água de Alqueva às barragens do Vale do Gaio e de Pego do Altar” uma vez que “existem soluções técnicas” que a EDIA [Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva] já ponderou”.
Por seu lado, o Governo considerou que o presidente da Câmara de Alcácer do Sal “desconhece” que o concelho já é abastecido por água do Alqueva, referindo que as críticas do autarca, eleito pela CDU, são “infundadas”.
Em comunicado, o gabinete do ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, diz que “o Governo lamenta as declarações infundadas do presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal relativamente à inexistência de respostas à escassez de água e que revelam um desconhecimento que seria fácil de colmatar com reduzido esforço”.