Pais em Vila Nova de Santo André querem respostas da Secretária de Estado da Educação (com áudio)
Escrito por Edna Nobre em 8 de Setembro, 2020
As Associações de Pais e Encarregados de Educação das escolas do 1.º ciclo, n.º2 e n.º4, do Agrupamento de Escolas de Santo André não concordam com a organização das turmas definida para o ano letivo de 2020/2021, e mostram-se indignadas com a extinção de uma quarta turma para receber os alunos do 1.º ano, como tem vindo a acontecer nos últimos anos letivos.
O porta-voz da Associação de Pais e Encarregados de Educação, Ricardo Rodrigues, fez saber que foi feito inicialmente um abaixo-assinado e uma carta que foi enviada a várias entidades e tinha como objetivo rever e até mesmo reverter a posição tomada.
Na carta enviada é referido que 11 alunos condicionados matriculados no 1.º ano não terão vaga este ano letivo e a solução proposta não agradou aos encarregados de educação, que avançaram com medidas em conjunto com a autarquia e a Junta de Freguesia de Santo André.
Desde 20 de agosto, que a carta foi enviada à Secretaria de Estado da Educação, Susana Amador, e os subscritores continuam sem resposta a praticamente uma semana do inicio do novo ano letivo.
As Associações de Pais e Encarregados de Educação das escolas do 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas de Santo André n.º2 e n.º4 referem na carta enviada que com as três turmas propostas “seis crianças terão de ser deslocadas do estabelecimento de ensino que frequentaram no ano letivo transato.”
Outras das situações reportadas à Secretária de Estado da Educação prendem-se com a existência de “turmas onde se encontram crianças com Necessidades Educativas Especiais (NES) que não viram o número de alunos reduzido”.
Existem ainda cerca de 40 crianças cuja entrada no ensino pré-escolar lhes vai ser vedada por via desta decisão de redução do número de turmas do 1.º ano, situação que consideram socialmente preocupante em altura de crise pandémica, uma vez que inúmeras famílias viram os seus rendimentos reduzidos, sendo-lhes economicamente incomportável os encargos com a educação pré-escolar privada.”
É ainda referido, que fica igualmente comprometido que sejam recebidas transferências de alunos, o que é esperado que aconteça ao longo do ano letivo, tendo em consideração a elevada mobilidade migratória da população de Santo André.
De acordo com as informações transmitidas por parte do Agrupamento “existem recursos humanos para afetar em caso de abertura de mais uma turma, e existe espaço para acolher esta nova turma.”