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Odemira volta a manifestar-se contra degradação da rede viária nacional

Escrito por em 3 de Agosto, 2020

A Assembleia Municipal de Odemira aprovou uma moção onde manifesta “desagrado pela falta de compromisso” do Governo e da Infraestruturas de Portugal (IP) face à degradação de algumas vias da rede viária nacional que atravessam aquele concelho.

No documento, apresentado pelos eleitos do Partido Socialista (PS), e aprovado por unanimidade em sessão ordinária da Assembleia Municipal (AM), os deputados criticam a evolução negativa de um processo que se arrasta há dois anos depois de terem sido detetados problemas em vários troços que “careciam de intervenção urgente”.

“[O] desagrado resulta, sobretudo, pelo facto de terem passado 02 anos desde a data em que foi debatido e apresentado neste órgão um conjunto de problemas detetados em troços que careciam de intervenção urgente, o que foi minuciosamente reportado a diversas entidades”, relatam os eleitos na moção.

O concelho de Odemira, no litoral alentejano, “não dispõe de qualquer ligação em troços de autoestrada, Itinerário Principal (IP) e/ou Itinerário Complementar (IC), sendo servido pelo atravessamento das Estradas Nacionais (EN) 120, entre Lisboa e Lagos, no Algarve, e 263 ( Beja-Odemira), numa extensão de aproximadamente 176 quilómetros”, indicam.

Pavimentos degradados, troços sinuosos, falta de sinalização vertical e horizontal, falta de asfalto, depressões e ausência de vias pedonais, são alguns dos problemas identificados pelos deputados da AM de Odemira que “exigem a manutenção das estradas nacionais existentes e que estejam reunidas as condições básicas de circulação”.

Em causa estão os troços entre São Luís, Odemira e São Teotónio (EN 120), numa extensão de 48 quilómetros, São Martinho das Amoreiras, Luzianes-Gare e Odemira (EN 123), com 39 quilómetros, IC – Relíquias e Odemira (EN 263), com 18 quilómetros, a EN 123, Luzianes-Gare, Santa Clara-a-Velha e Nave Redonda (EN 266), com 25 quilómetros.

Foram ainda detetados problemas nas vias entre Garvão, no concelho de Ourique, Santa Luzia, Colos e Cercal do Alentejo (Santiago do Cacém), na EN 389, ao longo de 17 quilómetros, na ligação entre Vila Nova de Milfontes e Cercal do Alentejo (EN 390), com 09 quilómetros, e no troço entre Vila Nova de Milfontes e Odemira (EN 393), numa extensão de 21 quilómetros.

Os deputados municipais alertam ainda para “fortes depressões” devido “ao enorme tráfego de viaturas pesadas”, na EN 120, ligação entre Boavista dos Pinheiros, o extremo da freguesia de São Teotónio e a ligação ao Algarve, responsável pelo “aumento da sinistralidade rodoviária” no concelho de Odemira.

Os eleitos recordam que “a necessidade de intervenção nestas vias impera e o território de Odemira, que tanto impacto tem no PIB nacional, tem que ser olhado de forma estratégica por quem gere as infraestruturas e economia deste país, tomando medidas de priorização de projetos e investimentos em matéria de acessibilidades.”


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