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Meia centena de pessoas concentram-se em Sines contra as alterações climáticas

Escrito por em 27 de Setembro, 2019

Meia centena de pessoas protestaram hoje no Jardim das Descobertas, em Sines, contra as alterações climáticas e com propostas que passam pelas energias alternativas.

Promovida pelo movimento Alentejo Litoral pelo Ambiente (ALA), a ação contava igualmente com a organização do Núcleo da Greve Climática Estudantil do Alentejo Litoral que, apesar dos apelos para a mobilização da população, não compareceu na concentração.

A fraca adesão do movimento estudantil e da população em geral foi justificada pelos promotores “com a dificuldade na mobilização das pessoas” para causas que digam respeito ao ambiente, sobretudo, “no concelho do petróleo, do carvão e do gás”.

“Sines é sempre um local muito difícil para mobilizar as pessoas porque vivemos no concelho do petróleo, do carvão e do gás. A greve climática global propõe outras soluções que passam pelas energias alternativas e as pessoas dependem muito dessas industriais”, explicou Eugénia Santa Bárbara, do movimento Alentejo Litoral pelo Ambiente.

Marcada para as 17:00, a concentração, começou por reunir pouco mais de uma dezena de pessoas mas, perto das 18:00, o protesto contava com um total de 50 manifestantes, alguns deles oriundos de Odemira, e de várias nacionalidades para alertarem para “os problemas que vamos enfrentar no futuro”, adiantou Eugénia Santa Bárbara.

“É necessário tomar algumas medidas”, defendeu a ativista, principalmente, no concelho de Sines “onde é exigido o encerramento da central termoelétrica, com um planeamento, e apostando em políticas a sério de transição para energias alternativas, assegurando que os trabalhadores não ficam no desemprego”.

Durante o protesto, os participantes exibiram cartazes com mensagens como “Ontem era tarde, amanhã ainda mais”, “Salva o clima, limpa a energia” e “Temos de mudar já!”.

“Estou aqui porque aderi a esta greve para manifestar aos políticos que estamos juntos e unidos para alertar para este problema das alterações climáticas que afeta o planeta”, disse Aisha Skuali, uma das manifestantes, de nacionalidade marroquina, a viver em Odemira.

Durante a concentração foi lido um manifesto onde é defendido o urgente “encerramento das centrais termoelétricas de Sines e do Pego na próxima legislatura” e “das centrais de ciclo combinado antes de 2030”.

Ainda esta noite, cerca das 21:30, na cafetaria do Castelo de Sines, o ALA exibe o filme ‘O Plano’ (2018|30 minutos), que será seguido de debate. O filme retrata o processo de criação e desenvolvimento do Plano Lucas que foi elaborado pelos trabalhadores da fábrica de armamento Lucas Aerospace que, na década de 70, se propuseram fazer a reconversão a empresa para salvar os seus empregos propondo o aproveitamento da tecnologia instalada e do conhecimento técnico e científico dos trabalhadores para a produção de produtos socialmente úteis e sustentáveis.


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