Marco Ferreira conquista top 4 em Vila do Bispo
Escrito por Edna Nobre em 9 de Junho, 2021
No Rali Vila do Bispo o piloto do Citroën Saxo conquistou importantes pontos para o Campeonato Sul de Ralis e para o Desafio Kumho Sul, fazendo esquecer o desaire da prova anterior, alcançando um excelente quarto lugar entre as duas rodas motrizes.
A prova do Clube Automóvel do Sul foi bem mais positiva para Marco Ferreira e do que foi a sua passagem por Serpa. Mesmo tendo em conta a dureza do evento e também o facto do carro ter acusado a substituição do motor após o evento alentejano.
“Um rali que valeu pelos pontos conquistados”, numa prova que, mesmo sem a super especial noturna mereceu elogios do piloto de Santiago do Cacém, pois a “organização manteve o rali nos mesmos moldes do ano anterior, pelo que esperávamos andar bem”.
“Logo nos reconhecimentos percebemos que iríamos ter dificuldades, pois apenas com as passagens dos carros de treinos o piso ficou muito degradado e com os trilhos muito marcados”, explica Marco Ferreira, que também não esquece o “handicap” do carro, pois tinha “a consciência de que o Saxo não estava tão bem preparado como no ano anterior, visto termos sido obrigados a substituir o motor depois de Serpa e estarmos a utilizar uma unidade de recurso, sem o mesmo nível de preparação do motor habitual”.
“mas arrancamos dispostos a andar o melhor que conseguíssemos”, garante o piloto, confirmando a sua determinação de sair do Algarve com um bom resultado.
Nos primeiros quilómetros Marco Ferreira foi percebendo que o desfecho poderia ser bem diferente da participação no Rali Flor do Alentejo. “Na primeira especial tivemos a sensação de que estávamos rápidos, apesar de alguns erros cometidos. Perdemos 2 segundos para o primeiro das duas rodas motrizes, tendo concluído no 14.º lugar da geral, quarto das 2RN e primeiro da classe”.
“Nas outras duas especiais da primeira secção tentamos aumentar o ritmo, mas cedo constatamos que dificilmente iríamos ter argumentos para discutir o pódio, pois o carro não tinha potência para sair das zonas lentas e muito cavadas. E nas zonas rápidas não permitia que fossemos a fundo, porque estava com a traseira muito instável”, admite o piloto do Citroen Saxo.
Foi tentada uma alteração para melhorar o comportamento do carro, como conta Marco Ferreira, “Na assistência alteramos a afinação do Saxo, e sentimos algumas melhorias nas PEC 4 e 5 ao nível do comportamento em reta”. Só que mais uma vez a equipa deparou-se com “troços cada vez mais duros e com trilhos mais fundos, extremamente difíceis para um duas rodas motrizes”.
“Conseguimos chegar ao parque fechado com bastantes dificuldades, mas concluímos a prova em 14.º da geral, quarto das duas rodas motrizes e segundos da classe, obtendo bons pontos para o campeonato”, destaca ainda o piloto visivelmente mais satisfeito do que no final da prova anterior.