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Junta de Freguesia preocupada com falta de efetivos da GNR em Alvalade

Escrito por em 15 de Janeiro, 2021

O presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, no concelho de Santiago do Cacém, está preocupado com a falta de efetivos da GNR e alertou para o aumento de pequenos delitos que deixam a população em sobressalto.
“Estamos preocupados com a falta de efetivos da GNR em Alvalade que tem cinco militares num posto aberto 24 horas e sem condições para efetuar patrulhas. Cada vez que há uma ocorrência na freguesia levam mais de meia hora e às vezes quase uma hora, se tiverem numa ocorrência em Santiago do Cacém, e como não há patrulhamento as pessoas deixam de apresentar queixas dos pequenos furtos”, explicou Ricardo Cruz.
Em declarações à rádio M24 o autarca dá o exemplo de “pequenos furtos de hortas, animais, na altura do Natal” e “outros casos mais graves” que estão a preocupar a junta de Freguesia que reuniu quinta-feira com o comando territorial de Setúbal da GNR para “colocar a nossa preocupação sobre a segurança na freguesia e aferir a possibilidade do posto da GNR de Alvalade vir a ter mais efetivos”.
“Esta é uma zona cinzenta do distrito de Setúbal porque fica numa das pontas do concelho de Santiago do Cacém. À noite é muito perigoso circular de Alvalade para Santiago do Cacém, acidentes com javalis é uma constante e começa a ser uma rotina normal os horários dos militares. Já sabemos que, sensivelmente, entre as 23:00 e as 01:00, é quando é a mudança de patrulhas e queremos ter uma resposta mais atenta”, acrescentou.
Para o autarca, as soluções “não passam por fazer operações no cruzamento da Mimosa ou em rotundas, mas pelo policiamento do dia a dia e naquelas horas em que há menos movimento nas ruas e nos montes”.
“Houve uma pessoa que foi multada por trazer duas bilhas de gasóleo vazias na carroçaria da viatura que, ao fim de quinze dias, foi assaltada no seu monte e ficou sem nada, máquinas de soldar e vários aparelhos, além de vários acidentes em que os bombeiros têm de se substituir aos militares da GNR”, exemplificou.
Na reunião, que contou igualmente com a presença do alferes André Filipe, do destacamento territorial de Santiago do Cacém, o presidente da junta de Freguesia alertou ainda para a falta de viaturas e de manutenção “para os militares se deslocarem” para as ocorrências.
“No ano passado tivemos aqui alguns roubos por esticão mas sem patrulhas como é que resolve esta questão do policiamento de proximidade”, acrescentou o autarca que apela aos cidadãos para “apresentarem queixa no posto da GNR”.
“Na altura do Natal houve pequenos furtos nas hortas de pessoas com fracos rendimentos e ninguém apresentou queixa porque é muita papelada a juntar à deslocação”, adiantou.
As “pessoas estão revoltadas porque às vezes vão na estrada e, por questões mínimas, são autuadas. Nas coisas onde deviam atuar, não atuam”, reforçou o autarca que exige uma freguesia “mais segura”, concluiu
Recorde-se que a Câmara Municipal de Santiago do Cacém luta, desde 2014, pela manutenção dos postos da GNR de Alvalade e Ermidas-Sado e contesta a falta de militares para garantir o patrulhamento no concelho de Santiago do Cacém.

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