Jornadas Portuguesas de Engenharia Costeira e Portuária decorrem em Sines com mais de 180 participantes

A engenharia costeira e portuária vai estar em debate, durante dois dias, em Sines, num evento promovido pela PIANC Portugal (Associação Mundial de Infraestrutura de Transporte Aquaviário).

Durante as 10.º Jornadas, que se realizam hoje e amanhã, no auditório da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) e do Centro de Artes de Sines (CAS) vão ser apresentados mais de sessenta trabalhos da comunidade técnica e cientifica, explicou à rádio M24 a presidente da PIANC Portugal, Maria Graça Neves.

“Vamos falar sobre tudo o que está relacionado com a engenharia costeira e portuária e vão haver apresentações, quer de investigadores, como da academia, empreiteiros e projetistas, reunindo toda a comunidade técnica e cientifica que trabalha nesta área e vamos apresentar as últimas obras e vamos mostrar o que estamos a fazer, o que necessidade temos de investigação”, afirmou.

A edição deste ano marca o regresso das Jornadas Portuguesas de Engenharia Costeira e Portuária ao formato presencial, após um período de paragem devido à pandemia de covid-19, e a julgar pelo número de participantes, mais de 180, tudo indica que será um sucesso.

“Vamos ter 65 apresentações e temos 182 pessoas inscritas, a maior parte portuguesas, com empreiteiros que vão apresentar as suas obras, projetistas que vão apresentar os seus projetos, as dificuldades que tiveram e as inovações que fizeram e investigadores e pessoas da academia que vão apresentar a apresentar a parte cientifica”, acrescentou.

De acordo com a responsável, “há muitas [apresentações] que juntam as três vertentes, outras duas, outras apenas uma, mas sempre na área das obras marítimo-portuárias”.

A escolha do porto de Sines para a realização destas jornadas está relacionada com as várias obras em curso, assim como projetos portuários de referência, como a 3.ª Fase da Ampliação do Molhe Leste, a Ampliação do Cais e Terrapleno da PSA no Terminal de Contentores de Sines, a Proteção Costeira do Terrapleno junto ao Porto de Recreio e a Contenção Marginal na Zona do Trem Naval de Sines.

“Tentamos escolher uma administração portuária, que é o grande patrocinador, onde estejam obras interessantes para fazer a visita técnica e voltamos a Sines, passados 20 anos, da segunda edição das jornadas”, sublinhou.

Segundo a presidente da delegação portuguesa da PIANC, apesar dos últimos dois anos, “temos bastantes obras” marítimas a decorrer nos portos “de Sines, em Leixões, na Madeira, nos Açores”, representando “uma importância fundamental para a economia”.

Durante o encontro serão atribuídos os Prémios “Adolpho Loureiro” a autores de trabalhos de mérito com idade inferior a 35 anos, e o Prémio “Fernando Abecasis”, de mérito e excelência de carreira profissional de uma individualidade da engenharia na área da engenharia costeira e portuária.

A PIANC é uma associação internacional que agrega delegados de 43 países, membros individuais e coletivos de sociedades privadas, administrações portuárias, empresas e laboratórios.

O planeamento, gestão e exploração portuária, a caracterização e propagação da agitação marítima, a conceção, construção, reabilitação e dimensionamento de obras marítimas, o comportamento de estruturas marítimas, marinas e portos de recreio, hidrografia da engenharia, impactes ambientais em portos, green ports, digitalização e novos desafios, gestão costeira integrada, são os temas que vão estar em discussão nestas jornadas.