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Joana Mortágua (BE) diz que falta de funcionários dificulta funcionamento das escolas

Escrito por em 10 de Dezembro, 2019

A deputada do Bloco de Esquerda (BE), Joana Mortágua, voltou a alertar esta semana para a falta de funcionários nas escolas que dificulta o funcionamento básico dos estabelecimentos de ensino e preocupa as comunidades escolares.

Durante uma visita que efetuou, esta segunda-feira, às escolas EB 2,3 de Cercal do Alentejo e Frei André da Veiga, em Vila Nova de Santo André, e à escola secundária Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, a deputada eleita pelo círculo de Setúbal, reconheceu que se trata de um problema transversal a todas as escolas do distrito de Setúbal.

“É um problema que preocupa muito as comunidades escolares, nomeadamente os pais e os alunos, que dificulta a necessidade da escola manter em funcionamento serviços básicos”, realçou Joana Mortágua dando o exemplo da escola básica 2,3 de Cercal do Alentejo.

É um serviço “muito valorizado porque muitas vezes a única refeição de qualidade que as crianças comem é a que fazem no refeitório da escola e por isso há uma exigência grande nas refeições”.

“No caso do Cercal, as refeições são garantidas por uma cantina própria, por opção da direção e, no caso [do agrupamento de escolas] de Santiago do Cacém, como acontece com muitas escolas, quando as cozinheiras se reformaram o Ministério da Educação não autorizou a contratação de novas funcionárias”, lamentou.

Na visita, integrada nas Jornadas Autárquicas da concelhia de Santiago do Cacém do BE, a deputada, reuniu com a associação de pais que alertou igualmente para a “qualidade da comida que é fornecida” por uma empresa ao agrupamento de escolas de Santiago do Cacém.

“Sabemos que as empresas, com o pouco dinheiro que é pago pelo Ministério, têm de comprar a comida, pagar os trabalhadores e ainda extrair lucro e por isso na nossa opinião as escolas fariam muito melhor o serviço a gerir os refeitórios com muito melhor qualidade tendo em atenção a importância de uma refeição nestes territórios para as famílias mais desfavorecidas”, acrescentou.

Para Joana Mortágua, é igualmente “inaceitável” a falta de assistentes operacionais nas escolas rurais do concelho de Santiago do Cacém “por não preencherem o número de alunos mínimo previsto para a atribuição de funcionários”.

“Não pode haver tantos discursos sobre a necessidade de valorizar o interior e preservar a vida rural e depois uma escola que quer manter uma sala numa aldeia ou num bairro rural com poucos alunos não tem autorização do Ministério para contratar funcionários”, afirmou.

Ainda de acordo com a deputada do Bloco de Esquerda, durante a visita, foi também relatada a dificuldade e a burocracia necessária para aceder ao novo mecanismo de substituição de funcionários disponibilizado pelo Ministério da Educação, a necessidade de melhorar a rede de transportes e a reabilitação da escola básica do Cercal do Alentejo.


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