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Independência energética garante interesse americano no porto de Sines

Escrito por em 12 de Fevereiro, 2020

O secretário da Energia dos Estados Unidos da América (EUA), Dan Brouillette, mostrou hoje interesse no porto de Sines tendo em conta a importância da dependência energética para os dois países e para o resto da Europa. 

“Há interesse americano neste porto em particular mas não só aqui como em Portugal, na Europa. Já o dissemos no passado, pensamos que a independência energética é importante e que a segurança energética é, de facto, segurança nacional não só para Portugal e para os EUA como para toda a Europa”, sublinhou Dan Brouillete.

O secretário da Energia falava aos jornalistas no final de uma visita que efetuou hoje aos Terminais de Contentores e de Gás Natural Liquefeito (GNL), no porto de Sines.

“Estes investimentos representam a confiança que existe entre Portugal e os EUA. Tivemos reuniões muito positivas com o primeiro-ministro e com o ministro das Infraestruturas e estamos interessados em manter essas conversações e saio otimista em relação às relação entre os dois países e a respetiva industria”, acrescentou.

Na visita que efetuou ao Terminal de Contentores, o secretário norte-americano inteirou-se sobre as obras de expansão do Terminal XXI, um investimento da PSA no valor de 661 milhões de euros, que vai permitir “duplicar a sua capacidade instalada de 4,1 milhões de TEU (equivalente a um contentor de 20 pés), e sobre o futuro Terminal Vasco da Gama, que está em “fase de concurso”.

Para Dan Brouillette trata-se de “projetos muito interessantes para o governo americano e para a industria americana” fazendo referência “às empresas americanas” que acompanharam o governante nesta visita “para assistirem às operações”.

“A América tornou-se num exportador de petróleo e gás e pensamos que o GNL é um importante combustível de transição para a maioria dos países europeus e pensamos que, este porto em particular, serve como uma porta para a Europa, não só para o gás americano como para todo o gás que circula no oceano atlântico”, afirmou.

Nas declarações aos jornalistas, o secretário da Energia disse estar “entusiasmado para ver os desenvolvimentos e o potencial das infraestruturas que vão ser criadas e esperamos vir a trabalhar com Portugal e com a industria tendo em conta a oferta futura”.

Para o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que acompanhou a delegação norte-americana, a visita do secretário da Energia “sinaliza a importância que dão aos possíveis investimentos que podem ser realizados no porto de Sines”.

“O porto de Sines tem um grande potencial de crescimento e desenvolvimento e estamos todos a trabalhar para conseguir despertar o interesse de investidores”, acrescentou.

Realçando as potencialidades do porto de Sines enquanto “porta de entrada de energia não só em Portugal como em toda a Europa”, o governante reiterou que “esta visita sinaliza o interesse dos EUA na possibilidade do porto de Sines ser usado como porta de entrada de energia, nomeadamente, de gás em toda a Europa”.

“Esta é uma oportunidade que temos de agarrar e é uma visita que valorizamos bastante e que estamos a tentar aproveitar da melhor maneira para ajudar o nosso país a desenvolver-se através deste porto”, acrescentou.

Referindo-se à dependência da Europa “ao fornecimento de gás russo e do norte da Europa, o ministro das Infraestruturas, adiantou que há interesse “em diversificar o fornecimento de gás da Europa com gás americano que neste momento oferece um preço muito mais competitivo do que aquele que chega de outras partes”.
Isto, adiantou, permitiria “aumentar a diversidade de abastecimento da Europa e a sua autonomia e não dependência de nenhum país em particular”.

Sobre o interesse de potenciais investidores no futuro Terminal Vasco da Gama, Pedro Nuno Santos disse existirem “vários interessados que estão a avaliar e a estudar” o projeto que “tem um processo em curso”.

“Nesta visita, a acompanhar o secretário da Energia estão muitas empresas com as quais vou ter ainda a oportunidade de reunir e por isso há um trabalho em permanência”, afirmou.


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