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Grândola debruça-se sobre a canção de protesto com música, colóquios, documentários e exposições

Escrito por em 10 de Outubro, 2019

A canção de protesto vai estar em destaque, a partir de hoje e até domingo, na vila de Grândola, com espetáculos musicais, colóquios, exposições e documentários.

A 2.ª edição do “Encontro da Canção de Protesto”, promovido pela Câmara Municipal de Grândola em conjunto com o Observatório da Canção de Protesto, vai contar com a presença de figuras relacionadas com o percurso da canção de protesto em Portugal.

De acordo com a vice-presidente da Câmara Municipal de Grândola, Carina Batista, a iniciativa “consiste na realização de várias iniciativas relacionadas com o universo da canção de protesto com o objetivo de reunir um conjunto de entidades, cantores, artistas, estudantes e professores que, de algum modo, estão relacionados a esta temática”.

Tendo como objetivo “o estudo, a salvaguarda e a divulgação do património musical produzidos nos séculos XX e XXI”, o Observatório da Canção de Protesto, criado em 2015, pretende igualmente destacar “aquilo que é produzido na atualidade envolvendo todos os estilos musicais que existem hoje em dia, como é o caso do hip hop”, adiantou a vice-presidente.

O “Encontro da Canção de Protesto” acolhe, a partir de hoje, uma mostra de capas de discos de vinil editados em Portugal, entre 1960 e 1979, da coleção privada de Hugo Castro, e a exibição do documentário “A cantiga era uma arma”, do realizador Joaquim Vieira, sobre o papel da canção antes e durante o período revolucionário português.

Na sexta-feira, o público poderá assistir, às 21:00, ao espetáculo de poesia “É urgente construir certas palavras”, a cargo dos alunos do Agrupamento de Escolas de Grândola que, segundo os promotores, “irão procurar, através da leitura, dar resposta às inquietações do poeta Eugénio de Andrade”, como o ódio, a solidão ou a crueldade.

No Cinegrandolense, o cantor Luís Galrito apresenta, às 21:30, o seu mais recente disco intitulado “Menino do Sonho Pintado”. Em palco estarão Napoleão Mira e João Nunes (guitarra), Filipa Teles (coros), Gabriel Costa (guitarra-baixo), Luís Melgueira (percussões) e João Espada (arte visual e sonoplastia).

O sábado será “o dia mais forte” com um programa que contempla um conjunto de sessões testemunhais dedicadas ao universo da canção de protesto e onde “serão debatidas várias temáticas com a presença de figuras como António Moreira, Arturo Reguera, Carlos Moreira, Hugo Castro, entre outros e um espetáculo musical inédito que será o momento alto deste encontro”, acrescentou a autarca.

Nas sessões testemunhais, no Cineteatro Grandolense, vão ser debatidos temas como os “Processos de produção fonográfica e a música popular portuguesa”, “Música e política no contexto revolucionário português”, a relação do cantautor José Afonso com a Galiza e “Novos Protesto, Outras Canções”.

A noite fica reservada para o espetáculo inédito “Uma mão cheia de Abril”, às 21:30, no Cineteatro Grandolense, com a atuação dos músicos Francisco Fanhais, João Loio, Manuel Freire, Tino Flores e Samuel Quedas, que “irão conversar com a plateia e cantar os temas em que prevalecem os valores da Liberdade, Justiça e Fraternidade”.

O “Encontro da Canção de Protesto” encerra no domingo, 13 de outubro, com um espetáculo dedicado a canções de resistência portuguesas, pela Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, a apresentação do  novo sítio em rede do Observatório da Canção de Protesto e um encontro-colóquio.

 


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